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Economia
Sexta - 09 de Março de 2012 às 07:36

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João Vieira

Mato Grosso ficou na 11ª posição no ranking dos estados com maior incidência de cheques devolvidos nos 2 primeiros meses de 2012. Com 4,76% dos cheques que voltaram devido a falta de fundos para quitar a dívida, o Estado ficou acima da média nacional que foi de 1,97% e também liderou a lista no Centro-Oeste ficando à frente dos outros 2 estados e Distrito Federal que compõem a região. Porém, o 1º vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio), Hermes Martins da Cunha explica que o Estado está numa posição aceitável, se comparado aos últimos anos quando a taxa de devolução de cheques oscilava entre 10 e 13% em Mato Grosso.

Conforme Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos, no país o percentual de 1,97% foi o maior verificado para o primeiro bimestre do ano desde 2009, quando houve 2,31% de devoluções. Em 2011, no acumulado de janeiro e fevereiro, o levantamento havia registrado 1,76% de cheques, e em igual período de 2010, 1,85%. O campeão foi o estado de Roraima com 15,04% seguido do Acre com 14,32% e Amapá que totalizou 9,95%. Por outro lado, com o menor percentual ficou São Paulo com apenas 1,45% dos cheques emitidos e não honrados e Rio de Janeiro com 1,63%.

Mesmo comparando Mato Grosso com os vizinhos Distrito Federal na 16ª colocação com 2,93%, Goiás com índice de 2,42% e 17º colocado ou Mato Grosso do Sul que ocupa o melhor lugar na 23ª posição e índice de cheques devolvidos de 1,77%, abaixo da média nacional, os comerciantes mato-grossenses não precisam entrar em desespero. Isso porque, lembra Hermes Cunha, diversos fatores precisam ser levados em conta ao analisar o cenário atual. Ele destaca que é preciso observar o período de safra, pois muitos produtores contam com os recursos financeiros oriundos da colheita para honrar os compromissos já assumidos. “Com a safra prejudicada devido o volume de chuva recebido, fica complicado o produtor honrar todos os cheques já emitidos”.

Outro fator também ligado ao agronegócio com forte utilização do cheque para garantir o crédito é a exportação de proteínas animal em Mato Grosso, que passou por dificuldades nos últimos meses. O vice-presidente da Fecomercio lembra do impasse enfrentado pela categoria quando o mercado europeu, principal comprador de carne bovina e suína, reduziu as importações do produto brasileiro. “Os grandes produtores, geralmente concentrados em cidades menores e regiões de fazendas, são os que mais utilizam o cheque, enquanto na cidade o dinheiro de plástico domina. Dessa forma, se acontecer algum imprevisto na produção vai faltar dinheiro para honrar os cheques já emitidos”, lembra Cunha.

Nacional

 Para os economistas da Serasa Experian, a rápida expansão do endividamento e os juros ainda elevados para o consumidor, por conta da evolução da inadimplência, levaram ao aumento dos cheques devolvidos por falta de fundos nas comparações 1º bimestres 2012/2011 e na variação mensal, fevereiro ante janeiro. Além dos fatores alinhados, no período há também sazonalidade dos maiores gastos familiares em razão do pagamento dos impostos (IPTU e IPVA), dos gastos com escola e férias, que pressionam a devolução dos cheques por falta de fundos.





Fonte: Do GD

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