Bancada contabiliza prejuízo em 60% das emendas parlamentares de 2011 e lamenta corte de 37% em 2012

A bancada federal de Mato Grosso contabiliza o corte em 60% das emendas parlamentares de 2011 em decorrência do contingenciamento de R$ 50 bilhões no orçamento federal. O corte, anunciado no início do ano passado, voltou a acontecer em janeiro deste ano, quando houve um aperto ainda maior, de R$ 55 bilhões na Lei Orçamentará Anual (LOA) de para 2012, atingindo 37% das emendas de Mato Grosso. 

Segundo apurou o Olhar Direto junto a assessores técnicos da bancada federal, do total empenhado de R$ 351 milhões em 2011, apenas R$ 111,9 milhões foram autorizados. Embora o contingenciamento não represente obrigatoriamente corte dos recursos, o assunto preocupa os parlamentares.

O contingenciamento de R$ 55 bilhões feito pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff em janeiro deste ano atingiu R$ 20,3 bi em emendas parlamentares. Dos R$ 580,8 milhões empenhados, sobraram R$ 214,9 milhões.

Em seu último ato como coordenador da bancada federal, o deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT) disse entender que o contingenciamento não representa o corte definitivo dos valores.

"O que foi empenhado será liberado. Vai depender da nossa articulação como bancada".

No entanto, o senador Pedro Taques (PDT/MT) revela estar aconselhando os prefeitos que o visitam a não contar com a liberação desses valores.

"Tenho conversado com pessoas que dizem que os recursos contingenciados não serão liberados depois. Tenho dito isto aos prefeitos para que eles não criem falsas expectativas", afirmou.

O deputado federal Júlio Campos lamentou a postura centralizadora dos governos do PT, em especial da presidente Dilma Rousseff. Ele acusa a presidência de ter tirado a autonomia dos novos ministros ao ter concentrado decisões na Casa Civil.

"Tem uma mulher lá do PT que é brava, ninguém passa por ela. O PT é pior do que [os governos da época] da ditadura", disparou.