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Economia
Sexta - 03 de Janeiro de 2014 às 17:43
Por: Maria Carolina de Ré

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Em janeiro, milhões de brasileiros começam a receber os carnês do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Esses tributos, somados a despesas como matrícula e material escolar, podem causar um verdadeiro estrago no orçamento.


 
Especialistas consultados pelo R7 explicam que não existe uma fórmula mágica para evitar o aperto no bolso de quem não se planejou, mas dão dicas valiosas para pessoas que querem ficar longe das listas de devedores em 2014.


 
Samy Dana, professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que o pagamento à vista é a melhor opção, mesmo que para isso seja preciso resgatar dinheiroda poupança ou de investimentos, como CDBs e outros fundos de renda fixa.  


 
— As aplicações conservadoras rendem menos do que o valor embutido nos juros das parcelas de impostos, contas e taxas de matrícula e material escolar. O ideal é usar o que foi guardado dos meses anteriores para pagar os débitos de uma vez.    


 
IPTU eIPVA


 
Analisando o peso do IPTU e do IPVA no orçamento dos moradores da capital paulista, Dana destaca que o pagamento fracionado do IPTU será uma opção melhor do que o parcelamento do IPVA em 2014.  


 
— Se não for possível quitar as duas taxas à vista, é melhor pagar o IPVA de uma vez só e parcelar o IPTU, porque a Prefeitura de São Paulo acrescenta juros de 0,92% nas parcelas do imposto residencial, enquanto o governo estadual [que arrecada o IPVA] embute 3,13% em cada parcela da taxa cobrada dos donos de automóveis.  


 
Os benefícios da escolha entre o pagamento dividido nos meses do ano ou a parcela única variam de acordo com a localidade.


 
Nas capitais dos Estados que retêm a maior concentração do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas) de cada região, quem quitar o imposto sobre imóveis em parcela única terá vantagens e descontos bem diferentes: em São Paulo (Sudeste), o abatimento será de 4%; em Porto Alegre (Sul), de 12%; em Salvador (Nordeste), de 10%; em Belém (Norte), de 15%; e em Brasília (Centro-Oeste), de 5%.  


 
O abatimento da cota única do IPVA também tem faixas e regras específicas estabelecidas pelos governos estaduais. Em São Paulo, o teto do desconto será de 3%; no Rio Grande do Sul, de 15%; na Bahia, de 10%; no Pará, de 10%; e no Distrito Federal, de 5%.   


 
Crédito


 
Antes de buscar algum tipo de financiamento para quitar débitos, é preciso fazer uma avaliação criteriosa dos juros cobrados na operação. O especialista da FGV destaca que as opções variam porque dependem da flexibilidade do orçamento, mas, via de regra, o cheque especial e o adiamento das parcelas do cartão de crédito devem ser evitados porque têm juros muito altos.      


 
O presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel de Oliveira, reforça os conselhos de Dana e cita outras ações que podem minimizar desfalques na hora de pagar a matrícula e comprar o material escolar. 


 
Lembrando que livrarias e colégios costumam fazer promoções em janeiro, Oliveira explica que, se o desconto for grande, vale a pena pagar à vista, mesmo que para isso seja preciso contratar algum tipo de empréstimo.   


 
— O segredo é pesquisar e barganhar. Se o cliente não tem dinheiro, mas tem a chance de economizar 15% no material escolar fazendo o pagamento à vista, ele pode contratar um empréstimo consignado com juros de 1,5% ao mês. Nesta situação, a compra com dinheiro financiado será barata porque os juros ficarão bem abaixo do desconto dado nas lojas e livrarias.   


 
O especialista da Anefac conclui frisando que o crédito consignado ou os empréstimos bancários tradicionais (cujos juros variam entre 2,5% e 3,5%) são boas alternativas para quitar contas com desconto desde que o número de parcelas escolhido seja pequeno, já que mais parcelas significam mais juros acumulados. 




Fonte: Do R7

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