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Economia
Quinta - 17 de Novembro de 2011 às 07:28
Por: MARIANNA PERES

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As vendas no comércio mato-grossense deverão encerrar o ano 10% acima do registrado em 2010. De acordo com a projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), o desempenho previsto se baseia nas médias mensais positivas observadas durante 2011 que variaram entre 8% a 10%. “Com o apelo do Natal e com um pensamento positivo para a data, acreditamos até que os 10% possam até ser superados no Estado”, aponta o 1°-vice-presidente da entidade, Hermes Martins da Cunha.

Segundo Cunha, o comércio de modo geral vem contabilizando desempenho satisfatório e que há fundamentos “de sobra” para se ter um 2011 muito melhor do que o saldo de 2010. “No ano passado, o Estado tinha cerca de 2,9 milhões de habitantes e em 2011 passamos a marca de 3 milhões. Se não fossem outros fatores, somente com o crescimento populacional já teríamos motivos para registrar alta, devido a um aumento natural da demanda”.

Mas o que de fato sustenta o otimismo do segmento é a expansão do poder aquisitivo da população, seja por meio dos reajustes do salário mínimo, como das recomposições salariais feitas a várias categorias de profissionais e a excepcional performance da safra 10/11, temporada que garantiu bons preços às commodities e que permitiu a circulação de mais divisas no interior de Mato Grosso, principalmente.

Outro aspecto relevante à análise do cenário, conforme Cunha, é a segurança que existe atualmente em relação ao pagamento dos salários dos servidores municipais e estaduais, “que permite segurança e menor risco tanto para quem vende como para quem compra e risco menor no comércio é sempre um indicador de mais vantagens ao consumidor”.

Cunha destaca também, que a projeção de alta de 10% também se alicerça sobre a perspectiva de injeção de cerca de R$ 1,5 bilhão na economia em um prazo de pouco mais de 40 dias, a contar desde o início de novembro. As cifras milionárias que estarão em circulação na economia mato-grossense, conforme a Fecomércio/MT, virão da quitação das folhas salariais e do adicional do 13°, pagos pela iniciativa privada e pelo poder público aos seus trabalhadores, servidores, aposentados e pensionistas. Conforme levantamento da entidade, R$ 750 milhões serão pagos pela administração pública e outros R$ 800 milhões pela iniciativa privada. “Esses recursos afetam positivamente todos os segmentos da economia. O consumo move todos os setores, seja de maneira direta ou indireta”.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL) também projeta incremento de 10% ante o realizado em 2010, mas chama a atenção de que com o avanço da inflação nos últimos meses, o crescimento real será de cerca de 3%, já que dos 10% estimados se desconta a inflação do período. “No entanto, existem alguns segmentos que são aquecidos durante os festejos do final de ano e por isso chegam a atingir vendas mais de 50% superiores a um período comum”, explica o presidente Paulo Gasparoto.

SHOPPINGS – Em Cuiabá, os três shoppings mantêm projeções muito próximas de expansão em relação ao consolidado de 2010. Segundo Pantanal, Goiabeiras e 3 Américas, as vendas deverão crescer entre 15% a 20%.

FERIADO – De acordo com números da CDL/Cuiabá, no comparativo entre este período de feriado (de 12 a 15) e o mesmo período da semana passada (de 5 a 8) houve uma queda de 10,96% nas consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Esta redução tida como normal, pois a última terça-feira foi impactada pelo fechamento da maioria das lojas. “Um dos fatores é o próprio fechamento das lojas. Embora o comércio pudesse funcionar, muitas lojas preferiram não abrir. Atrelado a isso, a chuva forte e contínua durante todo o dia, realmente atrapalhou, fazendo com que as pessoas não quisessem sair de casa”, observa o vice-presidente da CDL Cuiabá, Célio Fernandes.

Mas o dia não foi de tudo ruim para o segmento. Conforme destaca Fernandes, a chuva e o feriado, por exemplo, aumentaram as demandas nas áreas de entretenimento e lazer. Restaurantes tiveram incremento médio de 15% e os bares-restaurantes noturnos acima de 50%. “Shoppings, a exemplo do Goiabeiras, neste feriado teve movimento equiparado ao de domingo, com 30% a mais que uma terça-feira comum. E tanto por causa da chuva, quanto devido ao feriado, as entregas de comida em domicílio tiveram aumento de 30%, de acordo com levantamento CDL”.




Fonte: Do DC

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