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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Domingo - 02 de Outubro de 2011 às 08:09

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A irmã de Suênia Souza Farias, 24 anos, assassinada por um professor universitário, segundo informação da polícia, afirmou neste sábado (1) que a estudante entrou em contato com a família para pedir socorro momentos antes de ser morta. Ela disse também que Suênia já havia sido ameaçada pelo professor Rendrik Vieira Rodrigues, mas que nunca procurou a polícia.

Silene Farias diz ter recebido uma ligação às 15h31 de sexta (30), na qual a irmã dizia que iria para casa. “Dez minutos depois, ela ligou para o esposo dela pedindo socorro e aconteceu o que aconteceu”, disse Silene. Ela afirma ainda que, sem entender bem o que estava acontecendo, o cunhado procurou a polícia.

Segundo Silene, a estudante e o professor mantiveram um relacionamento amoroso por cerca de um ano. Há três meses ela teria decidido terminar, mas ele não aceitava.

De acordo com a polícia, no dia do assassinato, os dois saíram no carro dela para conversar. Eles se encontraram na porta do UniCEUB, onde ela estudava e ele dava aulas, e Rodrigues assumiu a direção do veículo.

No final da tarde, segundo a polícia, Rodrigues levou o corpo até a delegacia do Recanto das Emas, a 26 quilômetros do centro de Brasília, e se entregou dizendo-se arrependido.

“Segundo a versão dele, foi no ímpeto, durante a discussão, que ele resolveu reagir dessa forma”, disse o delegado responsável pelo caso, Ulysses Campos Neto. O G1 procurou o advogado de Rodrigues, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Alunos
Alunos do curso de direito do UniCEUB que conviveram com Rodrigues se dizem surpresos com a atitude do professor. Segundo eles, o professor era conhecido como uma pessoa tranqüila e como um bom profissional.

“Ele era muito bom, um dos melhores do UniCEUB - e até de Brasília - na área de direito empresarial. Todo mundo dizia que valia a pena pegar aula com ele”, contou o estudante Eduardo Barbosa.

A aluna Natália Paes Leme afirma que o professor era solícito e tratava bem os alunos, “Se alguém precisasse de ajuda, de qualquer coisa, ele sempre ajudava.”

Cláudia Ferreira, colega de Suênia em aulas ministradas por Rodrigues, disse que não havia nada incomum no relacionamento deles.

“Quando um professor se relaciona com aluno, todo mundo comenta, mas a gente nunca escutou nada, nem dos próprios professores. Ele era reservado.”

A presidente do Diretório Central dos Estudantes do curso de direito, Gabriela Benício, diz que nunca ouviu reclamações sobre Rodrigues e que os estudantes estão surpresos com o fato, especialmente porque se tratava de um professor, segundo ela, querido na comunidade acadêmica.

“Nunca surgiu nada ruim sobre ele no DCE, Nas redes sociais, todos estão comentando que ficaram muito surpresos porque ele era tranquilo”, disse.






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