A índigena mostra marcas de agressão no corpo.“Ele chegou lá achando que meu filho tinha comprado um roubo. Eu tinha acabado de chegar da roça, estava trabalhando. Ele me agrediu, me empurrou, torceu meu braço, deu um tapa na minha cara, me chamou de ladrona. Esse lado aqui está doendo porque ele me empurrou em cima da viatura, torceu meus braços para trás para me algemar, para me levar presa”, relata. Ela acrescenta que o policial acusado de agressão alegou que os eletrodomésticos eram da esposa dele.
O coordenador regional da Polícia Civil, Evy Paternostro, informou que foi instaurado um procedimento criminal para apurar os fatos. A investigação será baseada nos depoimentos das testemunhas, da vítima e dos acusados. Uma guia para a realização de exames que poderão comprovar a agressão já foi expedida. A polícia também vai analisar a denúncia de desacato feita contra a indígena.
Segundo Paternostro, o policial suspeito de agressão está trabalhando normalmente até que o inquérito seja concluído, cuja previsão é de 30 dias. A investigação está sob a responsabilidade da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior, em Eunápolis, e os resultados do inquérito serão encaminhados para a Justiça de Santa Cruz Cabrália.
“Ele não tinha mandado judicial para chegar, pular para o lado de dentro da casa dela e espancar uma senhora dessa idade”, revolta-se o cacique Macuco, da aldeia de Aroeira.
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