Iseuda faz parte do Núcleo de Abordagem Sistêmica da Secretaria de Educação de Pacatuba, órgão responsável pela capacitação do primeiro grupo de professores e gestores de escolas que participam da formação. Segundo a terapeuta, o primeiro módulo da capacitação foi ministrado entre os dias 22 e 25 deste mês.
“Após o primeiro módulo, os educadores já podem formar o primeiro grupo de terapia. Até o final da capacitação [em março de 2012], cada um deles deve ter realizado, pelo menos, 10 encontros com o mesmo grupo”, explica.
Os facilitadores dos grupos de terapia, até o fim da capacitação, atuarão exclusivamente nas escolas (pais e alunos), grêmios estudantis e entre funcionários. De acordo com Iseuda, somente após a conclusão do curso, os educadores serão considerados terapeutas comunitários por formação e poderão criar rodas de terapias livres, ou seja, nas comunidades.
Educadores
“[Nas escolas] sempre houve bullying, mas agora as proporções são diferentes. Acredito que essa iniciativa vai nos ajudar muito a lidar com os alunos”, afirma a professora da rede municipal de Pacatuba, Antônia Maria Santos de Oliveira. Professora há 14 anos, Antônia Maria espera que as terapias abram espaço para o diálogo direto entre pais, alunos e educadores. “Quem sabe conversando a gente não supera alguns problemas?”, diz a professora esperançosa em melhorar as relações escolares.
Bullying no Ceará
Em agosto deste ano, um grupo de pais e mestres realizaram uma passeata pelo Centro de Fortaleza pedindo paz nas escolas e medidas mais eficazes de combate ao bullying. Em junho, uma adolescente de 17 anos matou uma colega de escola e feriu outra no Centro Integrado de Educação e Saúde (Cies) Professora Terezinha Parente, do Bairro Curió, em Fortaleza. A jovem disse em depoimento à Polícia Civil que era alvo de brincadeiras de mau gosto e agressões verbais diárias da colega que foi assassinada.
Comentários