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Saúde
Sábado - 17 de Setembro de 2011 às 23:00

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Reprodução/TVBA
Cauê foi desentubado por volta das 12h
Cauê foi desentubado por volta das 12h
O pai de Cauê, o bebê baiano que teve que ser submetido a uma cirurgia em São Paulo devido a uma doença rara, informou que a criança já respira sem a ajuda de aparelhos. Segundo o relato do pai, Cauê foi desentubado por volta das 12h deste sábado e deve sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Beneficência Portuguesa na próxima semana.

Cauê foi operado no dia 8 de setembro e, embora o procedimento tenha sido considerado complexo, os médicos ficaram otimistas sobre sua recuperação. A expectativa dos médicos e da família de Cauê é que ele continue reagindo bem ao pós-operatório, para passar por uma nova cirurgia quando completar quatro meses de vida. Aos dois anos, ele precisará de uma nova operação.

O caso

Cauê tem uma doença rara no coração, chamada hipoplasia. O lado esquerdo do coração dele é menor que o direito, o que impede que o sangue seja bombeado para o restante do corpo. O pai Alessandro Lima Ribeiro conta que o problema de saúde só foi detectado no segundo dia de vida do bebê. "Minha mulher teve uma gravidez super tranquila, os exames não apontaram nada disso", afirma. O menino, que tem pouco mais de um mês, foi transferido no dia 6 de setembro para São Paulo.

Alessandro lembra que quase 48 horas depois do parto cesáreo, realizado no dia 31 de julho, o casal se aprontava para deixar a maternidade do Hospital Português, em Salvador, quando a criança começou a apresentar sintomas de insuficiência cardíaca, ficando com o corpo roxo e falta de ar.

"Minha mulher e Cauê já tinham recebido alta, inclusive, ele tinha mamado normalmente. A médica até hoje não sabe como ele encontrou forças para isso diante desse problema tão grave no coração. Quando vi ele daquele jeito, chamei os médicos e ele foi levado direto para a UTI", relata.

A cardiopediatra Zilma Verçosa, que fez o diagnóstico da doença em Cauê, explica que a hipoplasia poderia ter sido detectada através de um exame chamado ecocardiograma fetal. "A melhor maneira de se transportar uma criança nessas condições é na barriga da mãe, antes dela nascer", explica. A especialista acrescenta que a maneira correta de tratar crianças com hipoplasia é quando elas já nascem em uma unidade especializada e passam por cirurgia nas primeiras horas de vida.

Segundo o pai de Cauê, na ultrassom morfológico, exame que apontaria a necessidade do ecocardiograma fetal, não houve indicação de que a mãe teria de passar por um novo exame. Alessandro e Tâmara não sofrem de doença cardíaca.

Luta para transferência

Cauê nasceu no Hospital Português, em Salvador, e assim que teve o problema detectado foi solicitada a transferência dele para o Hospital Santa Izabel, que também fica na capital baiana, e atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O bebê só foi transferido para a unidade de saúde no dia 30 de agosto, mas o hospital não tem estrutura para a cirurgia.

A médica que cuida do bebê conseguiu uma autorização para fazer o procedimento no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e a Secretaria Estadual da Saúde da Bahia cedeu uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. Mas como o plano do menino não cobre a cirurgia em outro estado, ele precisaria ter o nome incluído na Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade (CNRAC), e fazer o procedimento pelo SUS. No dia 1º de setembro Cauê conseguiu ter o nome incluso no CNRAC.





Fonte: Do G1 BA

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