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Meio Ambiente
Quarta - 17 de Agosto de 2011 às 20:56

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O desmatamento da Amazônia caiu 53,6% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), que apontaram perda de 224,94 km² de floresta no mês passado.

A diminuição no desmatamento reverte uma trajetória de alta identificada em meses anteriores e iniciada entre março e abril, quando o desmatamento da floresta subiu 472,9% na comparação anual. A elevação, apontada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, como "absolutamente inusitada" por ter ocorrido durante a temporada de chuvas na região, levou a pasta a criar, em maio (mês em que o aumento foi divulgado), um gabinete de crise para tratar do assunto.

Entre as medidas adotadas, estavam a intensificação da fiscalização em campo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com a colaboração da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados da Amazônia.

Em julho, segundo números do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), Mato Grosso, maior produtor de soja e detentor do maior rebanho bovino do País, caiu para a terceira posição no ranking dos Estados que mais desmataram a floresta. Essa unidade da federação liderou a alta do desmatamento no período de março e abril e tinha perdido apenas para o Pará nos meses subsequentes. Em julho, Rondônia assumiu a segunda posição.

Entre agosto de 2010 e julho de 2011, o Deter apontou desmatamento de 2.654,44 km² de floresta amazônica, aumento de 15,6% em relação ao acumulado entre agosto de 2009 e julho de 2010. O período entre agosto de um ano e julho do seguinte é considerado por especialistas como o ano-calendário do desmatamento, espaço de tempo usado para medir o desmatamento anual.

Entretanto, para medir o total desmatado em um ano, o Inpe não usa o Deter, sistema que mede o desmatamento mês a mês e que serve de auxílio para ações de fiscalização, mas o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução, capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos. O total das perdas entre agosto do ano passado e julho deste ano pelo Prodes deve ser divulgado no fim deste ano.





Fonte: Reuters

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