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Internacional
Domingo - 14 de Agosto de 2011 às 08:49
Por: Daniel Akstein Batista

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José Patrício/AE
Boneco de Teixeira foi queimado em frente ao Pacaembu
Boneco de Teixeira foi queimado em frente ao Pacaembu

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, foi o principal alvo da manifestação que ocorreu na tarde deste sábado em São Paulo. Cerca de 400 pessoas foram às ruas da capital paulista para protestar contra o dirigente e os altos gastos do Mundial que acontecerá no Brasil.

Este foi o terceiro movimento com as mesmas reivindicações que aconteceu no Brasil nas duas últimas semanas. Em 30 de julho, a Frente Nacional dos Torcedores (FNT) organizou o protesto no Rio, no mesmo dia em que aconteceu na cidade o sorteio das Eliminatórias da Copa de 2014. Depois, uma outra manifestação foi realizada em Porto Alegre.

No protesto deste sábado, em São Paulo, a organização da FNT, feita principalmente através das redes sociais na internet, teve o apoio da Associação dos Torcedores Paulistas e do movimento "Juntos - Juventude em Luta".

A passeata reuniu os manifestantes no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, por volta das 15 horas. Antes das 17 horas, eles já estavam na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu. E lá, no encerramento do protesto, queimaram um boneco que simbolizava Ricardo Teixeira.

"O Teixeira é apenas a ponta do iceberg de todos os problemas. Somos contra também o monopólio de comunicação na Copa e contra as empreiteiras. Como pode um estádio custar um preço e depois aumentar tudo?", indaga Thiago Rocha, um dos organizadores da manifestação. "Ouvimos falar que nem vai ter meia-entrada para o Mundial? Como pode isso? Queremos uma Copa popular."

Os manifestantes demoraram cerca de três semanas planejando o protesto deste sábado. E, se depender deles, outros mais vão ocorrer na capital paulista. "A gente se organiza semanalmente e vamos fazer mais atos até o Ricardo Teixeira cair", diz Thiago Rocha, apesar de saber que dificilmente o dirigente sairá da presidência da CBF, cargo que ocupa desde 1989. "É difícil. Mas sem pressão ele não cai mesmo", aposta.






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