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Internacional
Domingo - 14 de Agosto de 2011 às 01:48

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As autoridades dos Estados Unidos estão investigando se o grupo britânico News Corp tinha um padrão mais amplo de má conduta nos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal em sua edição online no sábado (13).

A investigação mais recente diz respeito às alegações de conduta inadequada no passado, incluindo a unidade de propaganda e cupons de supermercado da empresa que fez um acordo com um concorrente, que alegava a invasão de seus computadores, segundo o jornal.

A News Corp é dona do "Wall Street Journal".

Investigadores norte-americanos e britânicos ainda não encontraram evidências de que as vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 foram alvos de escutas telefônicas, disse o "Wall Street Journal". As alegações partiram de um artigo no "Daily Mirror" do Reino Unido.

O FBI disse no dia 14 de julho que estava examinando denúncias de que a News Corp tentou invadir os telefones das vítimas do 11 de setembro.

A News Corp já está sob investigação do Ministério Público dos EUA por acusações de escutas telefônicas que vieram à tona no mês passado ligadas ao tabloide "News of the World", que foi fechado. No Reino Unido, 12 ex-funcionários foram detidos.

O caso dos cupons, no qual uma empresa alegou que seus computadores foram invadidos, teria ocorrido há mais de cinco anos. Embora isso signifique uma limitação à acusação, as autoridades dos EUA estão tentando encontrar irregularidades mais recentes, informou o jornal.

ENTENDA O CASO

As acusações de que funcionários do "News of the World" estariam envolvidos em interceptação ilegal de telefones começaram a surgir em 2006. Em 2007, a Justiça condenou à prisão o correspondente do jornal para assuntos da realeza Clive Goodman e o investigador Glenn Mulcaire devido ao grampo ilegal de telefones de membros da família real.

A Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) iniciou uma nova investigação em janeiro de 2011, após alegações de que milhares de pessoas, entre elas atores, políticos, jogadores de futebol, apresentadores de TV e outras celebridades, tiveram seus telefones interceptados ilegalmente. Em abril deste ano, o tabloide admitiu publicamente pela primeira vez ter interceptado mensagens deixadas na caixa postal de celulares de pessoas envolvidas em casos acompanhados pelo jornal.

O caso ganhou contornos de escândalo no início de julho, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o jornal teria grampeado o telefone celular --inclusive apagando mensagens-- de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002. A manipulação das mensagens, ainda em 2002, fez a polícia e a família da jovem acreditar que ela ainda estaria viva, já que a sua caixa postal continuava sendo "limpa". O corpo foi encontrado depois.






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