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Internacional
Domingo - 10 de Julho de 2011 às 12:09

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As forças de segurança paquistanesas vasculharam bairros do polo comercial do país, Karachi, no sábado, em busca de homens armados, enquanto o número total de mortes decorrentes da violência política e étnica que atingiu a região pelo quinto dia consecutivo subiu para 98.

Policiais e soldados paramilitares receberam ordens na sexta-feira para atirar na maior cidade do Paquistão, para onde mil paramilitares adicionais foram enviados a fim de controlar a violência nos bairros multi-étnicos de classe média baixa.

"Nosso pessoal entrou na área e trabalha para tomar o controle total", disse um oficial da polícia, que não quis ser identificado.

Um porta-voz da polícia disse que 157 pessoas foram presas na operação desde a noite passada. Também foram apreendidas 38 pistolas e três fuzis AK-47. Já porta-vozes paramilitares disseram que as tropas resgataram centenas de pessoas que estavam presas em áreas problemáticas desde a noite passada.

"Transferimos várias famílias para locais mais seguros e esse exercício continua no momento também. O número de pessoas retiradas até agora está na casa das centenas", disse ele.

De acordo com os dados da polícia, até 98 pessoas morreram desde que a violência começou, na terça-feira. Mais de 150 pessoas ficaram feridas.

A cidade de Karachi, com mais de 18 milhões de habitantes, tem uma longa história de violência étnica, religiosa e sectária.

Ela foi um alvo importante dos militantes ligados à Al Qaeda depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, quando o Paquistão uniu-se a uma campanha liderada pelos EUA contra a militância.

Um relatório recente da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão informou que 1.138 pessoas foram mortas em Karachi nos primeiros seis meses de 2011, sendo 490 vítimas de violência política, étnica e sectária.

As ruas da cidade ficaram completamente vazias na sexta-feira depois que o partido político dominante, o Movimento Muttahida Qaumi, anunciou um dia de luto em resposta à violência.





Fonte: Reuters

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