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Educação/Vestibular
Terça - 05 de Julho de 2011 às 09:44
Por: ISA SOUSA

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Professores lutam contra precarização do ensino e da categoria, que tem recuo de 152% no salário
Professores lutam contra precarização do ensino e da categoria, que tem recuo de 152% no salário

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) farão uma paralisação de 24 horas, hoje (5). A mobilização faz parte do cronograma de atividades, decidido na última assembleia geral, realizada no dia 28 de junho.

De acordo com a categoria, há possibilidade de o movimento se transformar em uma greve, já que o indicativo para tal existe. Porém, segundo os próprios docentes, a paralisação total é prevista apenas para o mês de agosto, já no segundo semestre letivo.

Na programação de hoje está previsto um café da manhã para a imprensa e os professores, na Associação de Docentes da UFMT (Adufmat), às 9 horas. Na ocasião, o presidente da entidade sindical, Carlinhos Eilert, prestará esclarecimentos sobre o assunto.

A principal exigência da categoria é pela recuperação das perdas salariais. Conforme a categoria, nos últimos doze anos houve recuo de 152% no salário.

Precariedade

Desde o início do ano, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes - SN) vem orientando uma série de iniciativas para sinalizar ao Governo Federal a insatisfação da base. No último dia 16, servidores federais, entre eles os professores das universidades federais, marcharam na Esplanada dos Ministérios, para cobrar respeito às carreiras federais.

Outro ponto denunciado na última assembleia da UFMT é a forma de contratação dos docentes, feita sem concurso público.

Segundo dados da própria universidade, hoje são 140 substitutos e 84 temporários. Estes últimos, inclusive, trabalhariam de forma precária e sem direitos trabalhistas.

Na assembleia, representantes das reitorias estavam presentes e afirmaram que a contratação de substitutos e temporários graduados é uma decisão política e de gestão, não só para cobrir as vagas, mas também porque professores que não têm títulos recebem salários menores.

Ainda segundo uma das representantes, a pró-reitora de Gradução, Miriam Tereza, se fossem priorizadas contratações de titulados a administração, a UFMT teria de reduzir o número de contratos, correndo o risco de não completar o quadro docente.

A pró-reitora de Planejamento, Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, disse também que outro complicador é que em 2010 o Governo criou uma rubrica específica com limitação de contratação de substitutos.






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