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Nacional
Sábado - 02 de Julho de 2011 às 07:28

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A área que ocupa o parque da Tijuca completa 150 anos de replantio neste ano. Sim, replantado. De acordo com Loreto Figueira, bióloga e chefe do parque, quase toda a floresta da região havia sido devastada com os ciclos da madeira, da cana-de-açúcar e do café, entre os séculos 16 e 19. 

Isso teve consequências ambientais sobre o Rio --capital do país na época do Império--, como a falta de água, já que os rios passaram a secar. "A floresta retém a água da chuva e mantém o manancial hídrico", explica a bióloga.

Foi então que o imperador dom Pedro 2º resolveu desapropriar fazendas de café e transformá-las em florestas, segundo um decreto que data do início de dezembro de 1861. Assim, a mata foi ressurgindo, e grande parte do que eram essas fazendas hoje compõe o parque.

A vegetação hoje mantém funções essenciais para o potencial hídrico local. Regula a temperatura da cidade, esfriando-a, e diminui a chance de desmoronamentos e enchentes, protegendo e permeabilizando o solo.

TROFÉUS

Além da importância ecológica, as belezas do parque capitaneiam a candidatura do Rio a patrimônio mundial, na categoria de paisagem cultural, que deve ser discutida pela Unesco no próximo ano.

Uma medalha comemorativa e um selo serão lançados na próxima semana, para marcar os 50 anos do parque e os 150 anos do reflorestamento, respectivamente.

Na comemoração, uma trilha para pessoas com deficiência deve ser inaugurada, junto ao Barracão (sede da administração), no setor Floresta da Tijuca, perto do lago das Fadas. O chamado caminho dom Pedro Augusto permitirá acesso aos cadeirantes e aos cegos, com placas em braile identificando árvores e descrição de riachos.

O livro fotográfico "Uma Floresta na Metrópole" foi lançado no início do ano para abrir as comemorações. É o mesmo nome dado à exposição no centro de visitantes, inaugurada um ano antes de o órgão completar dez anos, neste mês.

A área do parque aumentou ainda mais em 2004 com a incorporação oficial do parque Lage, onde há o Casarão, com atividades culturais. É um prolongamento natural do parque da Tijuca, entre o Corcovado e a lagoa Rodrigo de Freitas.

Apesar de ser o menor parque nacional em área, é o mais visitado: recebeu cerca de 1,7 milhão de turistas em 2010 --boa parte atraída pelo Cristo Redentor. Também em 2010, foram registrados 30% de estrangeiros --foram 12% em 2008






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