Médicos de São Paulo podem parar de atender planos por tempo indeterminado
Os médicos de São Paulo realizam, em 30 de junho, às 20h, assembleia estadual para debater os próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e por mais qualidade na assistência aos pacientes.
Há cerca de dez anos sem receber reajustes de boa parte de planos e seguros-saúde, eles reivindicam recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), além de regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais.
Outro pleito essencial para o movimento é o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, de internações e de outros procedimentos, interferências abusivas que colocam em risco a saúde dos cidadãos.
SUSPENSÃO DO ATENDIMENTO EM PAUTA
Após procurar 15 empresas da saúde suplementar (abaixo) reivindicando reajuste dos honorários e o fim das interferências sobre a autonomia profissional, em nome dos médicos de São Paulo, as entidades estaduais – Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos de São Paulo e Academia de Medicina de São Paulo, Regionais e Sociedades de Especialidade – chamam à ampla participação na Assembleia.
Na oportunidade, serão passados informes detalhados das negociações com o primeiro grupo de empresas contatado pelo movimento após paralisação nacional em 7 de abril; e as propostas recebidas de algumas que preveem, além de reajuste, a recomposição real das perdas acumuladas dos honorários médicos.
Nos últimos dois meses foram procuradas para dialogar as seguintes empresas: medicina de grupo - Amil, Gama Saúde, Golden Cross, Green Line, Intermédica e Medial; autogestões - ABET (Telefônica), Caixa Econômica Federal, Cassi (Banco do Brasil), Companhia de Engenharia de Tráfego, Embratel e Geap; seguradoras - Marítima, Notredame e Porto Seguro. Outras foram chamadas em regiões diversas do estado.
Existe a possibilidade concreta de uma resposta firme às que não se mostrarem sensíveis a negociar. Uma das propostas que deve ser colocada em discussão é a recomendação de paralisação do atendimento por tempo indeterminado aos planos e seguros-saúde que não atenderem ao pleito da classe médica.
ASSEMBLEIA ESTADUAL DOS MÉDICOS
Local: Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas, Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana
Data: 30 de junho, quinta-feira
Horário: 20h
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