No Peru, pesquisas apontam empate entre Humala e Keiko Fujimori
Os candidatos à Presidência peruana, Ollanta Humala e Keiko Fujimori, estão empatados tecnicamente, de acordo com as cinco principais pesquisas do país sobre o pleito de domingo (5).
Os presidentes ou gerentes dos institutos responsáveis pelas pesquisas ofereceram nesta quinta-feira uma entrevista coletiva, na qual coincidiram que os resultados são imprevisíveis.
Um deles, sob condição de anonimato --já que está proibida a difusão pública de enquetes desde domingo passado-- disse que realizou uma pesquisa privada por encomenda de vários clientes diferentes, segundo a qual 51% dos votos válidos iriam para Keiko e 49% para Humala.
Outras empresas também realizaram pesquisas privadas nos últimos dias, que confirmaram diferenças de menos de dois pontos percentuais entre os dois candidatos.
"Temos um país polarizado e dividido em partes iguais; é uma disputa eleitoral nunca vista antes no sistema eleitoral peruano", disse Fernando Tuesta, diretor do Instito de Opinião Pública.
No entanto, as enquetes não registraram a opinião dos peruanos no exterior --cerca de 750 mil pessoas--, que poderiam representar 1,3% dos votos totais e fazer a diferença em uma conjuntura tão ajustada, segundo Alfredo Torres, diretor de Ipsos Apoyo.
Apesar dos moradores no exterior normalmente mostrarem tendências conservadoras, o que poderia favorecer Keiko Fujimori, os pesquisadores acreditam que os apoios demonstrados a Humala pelo escritor Mario Vargas Llosa e pelo ex-presidente Alejandro Toledo poderiam render-lhe votos no exterior.
Além disso, reconheceram que não foram levados em conta os votos da população de áreas rurais às quais os pesquisadores não chegam e que poderiam pesar a favor de Humala.
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