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Saúde
Sábado - 14 de Maio de 2011 às 07:39
Por: Isa Sousa

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MidiaNews
Situação caótica do Pronto Socorro fez com que CRM descartasse interdição
Situação caótica do Pronto Socorro fez com que CRM descartasse interdição

O Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) será a primeira unidade de saúde pública do país a ser visitada por um grupo formado pelas Comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais do Senado Federal. A capital foi sugerida pelo membro da Comissão Nacional Pró-SUS, Márcio Bichara, e acatada pelo grupo.

A Comissão é formada por dirigentes da Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. Os presidentes das Comissões de Direitos Humanos e a de Assuntos Sociais são, respectivamente, os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Jayme Campos (DEM-MT).

Ao MidiaNews, Bichara afirmou que, apesar do descaso na saúde pública ocorrer em nível nacional, o caos enfrentado por pacientes e profissionais em Cuiabá chegou ao extremo. Na segunda-feira (10), em protesto, os profissionais realizaram manifesto público pedindo ajuda.

Além disso, na última semana, fotos e vídeos foram divulgados mostrando pacientes sendo atendidos no chão, pias com esgoto, corredores alagados por chuvas e paredes estragadas, apesar da reforma recente que o Pronto Socorro passou.

"Em Cuiabá o problema é sério e o grupo decidiu se unir exatamente para realizar uma intervenção política, que discuta os problemas com o prefeito Chico Galindo (PTB) e o governador Silval Barbosa (PMDB). Não basta mais denunciar, precisamos colocar em prática soluções que mudem a saúde em Mato Grosso e no país", afirmou Bichara.

Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Arlan de Azevedo Ferreira, tudo que já se tentou em relação à saúde pública no Estado foi ineficaz.

"Mesmo denúncias encaminhadas às secretarias municipal e estadual de Saúde, ao Ministério Público Estadual, que por sua vez encaminha à Justiça, vídeos mostrando a situação do Pronto Socorro, nada disso tem surtido efeito. A situação está ruim e está piorando cada vez mais", analisou.

O problema é tão grave, segundo Arlan, que os profissionais decidiram anteontem, durante assembleia geral, pela não interdição do Pronto Socorro. Para os profissionais, a medida não adiantaria nada.

Apesar disso, Arlan afirmou que outra medida a ser tomada, além da visita dos senadores, será a elaboração de cartas denunciando a saúde em Mato Grosso à organizações não governamentais internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA).

"A busca pelos organismos internacionais é para que instituições de direitos humanos conheçam nossa realidade, já que todas as nossas tentativas estão sendo ineficazes".

A data da visita dos senadores a Mato Grosso, de acordo com Márcio Bichara, ainda não foi definida. Na próxima semanam as Comissões devem se reunir para definir os detalhes.






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