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Segunda - 02 de Maio de 2011 às 20:43

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A morte de Osama bin Laden reforça os argumentos para que o Taliban abandone a Al Qaeda e negocie o fim da guerra no Afeganistão, disse na segunda-feira a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, numa posição questionada por alguns analistas.

Bin Laden foi morto no domingo no ataque de um helicóptero dos EUA contra uma mansão perto de Islamabad, encerrando uma longa caçada global ao mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

O Taliban deu abrigo a Bin Laden no Afeganistão durante vários anos, o que levou o ex-presidente George W. Bush a ordenar a invasão do país para derrubar o regime islâmico, em 2001, dando início a um conflito que dura até hoje.

Hillary também elogiou a cooperação paquistanesa para ajudar a localizar o esconderijo de Bin Laden, na localidade de Abbottabad.

"A cooperação com o Paquistão nos ajudou a chegar a Bin Laden. Estamos comprometidos com essa parceria. Achamos que ela é do interesse da segurança dos Estados Unidos," afirmou ela numa rápida aparição no Departamento de Estado.

Alguns parlamentares norte-americanos, no entanto, questionaram se o Paquistão —aliado e receptor de grande ajuda financeira dos EUA— não tinha como saber antes que Bin Laden estava numa mansão perto da capital.

A secretária afirmou que "no Afeganistão, vamos continuar combatendo a Al Qaeda e seus aliados do Taliban." "Vocês (inimigos) não podem esperar sairmos, não podem nos derrotar, mas podem escolher abandonar a Al Qaeda e participar de um processo político pacífico," acrescentou.

Quase dez anos depois do início da guerra, a situação no Afeganistão está em seu nível mais violento, mas mesmo assim o governo dos EUA planeja iniciar em julho a retirada do seus cerca de 100 mil soldados.

O analista Brian Katulis, do Centro para o Progresso Americano, de Washington, e muito ligado à Casa Branca, disse que não está claro se a morte de Bin Laden poderia levar o Taliban a romper com a Al Qaeda.

"Não acho que haja dados confiáveis indicando uma direção ou a outra —especialmente diante de como o Taliban está fragmentado," afirmou.

Em seu pronunciamento, Hillary associou também a morte de Bin Laden aos atuais movimentos pró-democracia no mundo islâmico.

"A história irá registrar que a morte de Bin Laden ocorreu num momento de grandes movimentos rumo à democracia e à liberdade, num momento em que pessoas de todo o Oriente Médio e o Norte da África estão rejeitando as narrativas extremistas e trilhando um caminho de progresso pacífico. Não há melhor revés do que esse à Al Qaeda e à sua odiosa ideologia."





Fonte: Reuters

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