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A Guerra de Nervos
Os bastidores da política mato-grossense estão bastante movimentados. Bem mais do que o eleitor possa imaginar, pois, aos seus olhos, a campanha corre morna, sem qualquer enfrentamento entre os adversários. Isso, entretanto, é uma meia verdade, uma vez que a guerra de pedidos de impugnações de candidaturas é algo real. O que faz do tribunal uma extensão do espaço destinado à briga política, assim como se dá com cada agremiação partidária. Veja o PT, por exemplo, está completamente dividido.
Divisão que tem origem nas divergências geradas pela luta interna entre os grupos constitutivos do PT. Dois deles se destacam: o capitaneado pelo deputado Abicalil e o liderado pela senadora Serys. O racha, portanto, era inevitável, pois os ditos líderes se deixaram levar pela “vaidade pessoal” e a vontade exagerada em dominar a sigla petista. Briga em que se registrou ligeira vantagem para o deputado. Sobretudo depois que uma prévia lhe assegurou a vaga da disputa para o Senado.
A senadora, porém, não se entregou. Arregimentou forças, e, a partir daí, passou a tecer duras críticas ao companheiro-oponente. A história de apoiar candidatura diferente da defendida pela base petista faz parte de sua linha de ataque. Revide que se encorpou com o lengalenga de que jamais subiria no mesmo palanque de “seu algoz”. Soma-se a isso o discurso de não concorrer a cargo algum em 2010.
Estratégia cuidadosamente traçada. A ponto de render dividendos significativos para a senadora, que teve o próprio “passe” supervalorizado, uma vez que a vaga de candidata a vice-governador na chapa situacionista foi tida como “café pequeno”; enquanto o deputado se via em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de votos para o Senado, e, para piorar, ele próprio não conseguia apaziguar os ânimos no interior da agremiação que preside.
Situação complicada, e piora dia-a-dia. Principalmente agora, com o reingresso da senadora no tablado da disputa. Desta feita como candidata a uma das cadeiras da Câmara Federal. O que atrapalha os sonhos do petista Ságuas. Pois dificilmente o PT conseguirá eleger dois deputados federais. Mesmo fazendo parte da chapa governista. Pretensão que se esbarra no desejo de peemedebistas, republicanos e peepistas, e, do outro lado, democratas e tucanos.
São muitos pretendentes para poucas vagas. Incomodando sobremaneira o grupo que tem a presidência do PT. Ainda mais quando se sabe da potencialidade da professora. Aposentada da sala-de-aula, mas não do embate político-eleitoral. Atitude que obriga o grupo de Abicalil a pensar em outras estratégias, cuja essência seria a reconciliação. Esta, no entanto, jamais ocorrerá, pois, para uma cisão do tamanho com a que se viu, não é qualquer paliativo que serve. Aliás, filme que esteve em cartaz em 2008, quando da eleição para a prefeitura de Cuiabá.
Percebe-se, portanto, a guerra nos bastidores. Muitíssimo mais do que se imagina. Inclusive pelas bandas do PMDB, do PPS, DEM e PDT. Partidos que estão longe de ser homogêneos, devido as suas brigas internas, que extrapolam os limites partidários.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Divisão que tem origem nas divergências geradas pela luta interna entre os grupos constitutivos do PT. Dois deles se destacam: o capitaneado pelo deputado Abicalil e o liderado pela senadora Serys. O racha, portanto, era inevitável, pois os ditos líderes se deixaram levar pela “vaidade pessoal” e a vontade exagerada em dominar a sigla petista. Briga em que se registrou ligeira vantagem para o deputado. Sobretudo depois que uma prévia lhe assegurou a vaga da disputa para o Senado.
A senadora, porém, não se entregou. Arregimentou forças, e, a partir daí, passou a tecer duras críticas ao companheiro-oponente. A história de apoiar candidatura diferente da defendida pela base petista faz parte de sua linha de ataque. Revide que se encorpou com o lengalenga de que jamais subiria no mesmo palanque de “seu algoz”. Soma-se a isso o discurso de não concorrer a cargo algum em 2010.
Estratégia cuidadosamente traçada. A ponto de render dividendos significativos para a senadora, que teve o próprio “passe” supervalorizado, uma vez que a vaga de candidata a vice-governador na chapa situacionista foi tida como “café pequeno”; enquanto o deputado se via em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de votos para o Senado, e, para piorar, ele próprio não conseguia apaziguar os ânimos no interior da agremiação que preside.
Situação complicada, e piora dia-a-dia. Principalmente agora, com o reingresso da senadora no tablado da disputa. Desta feita como candidata a uma das cadeiras da Câmara Federal. O que atrapalha os sonhos do petista Ságuas. Pois dificilmente o PT conseguirá eleger dois deputados federais. Mesmo fazendo parte da chapa governista. Pretensão que se esbarra no desejo de peemedebistas, republicanos e peepistas, e, do outro lado, democratas e tucanos.
São muitos pretendentes para poucas vagas. Incomodando sobremaneira o grupo que tem a presidência do PT. Ainda mais quando se sabe da potencialidade da professora. Aposentada da sala-de-aula, mas não do embate político-eleitoral. Atitude que obriga o grupo de Abicalil a pensar em outras estratégias, cuja essência seria a reconciliação. Esta, no entanto, jamais ocorrerá, pois, para uma cisão do tamanho com a que se viu, não é qualquer paliativo que serve. Aliás, filme que esteve em cartaz em 2008, quando da eleição para a prefeitura de Cuiabá.
Percebe-se, portanto, a guerra nos bastidores. Muitíssimo mais do que se imagina. Inclusive pelas bandas do PMDB, do PPS, DEM e PDT. Partidos que estão longe de ser homogêneos, devido as suas brigas internas, que extrapolam os limites partidários.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
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