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Opinião
Domingo - 18 de Julho de 2010 às 10:08
Por: Aladir Leite Albuquerque

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A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso, através da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP), ligada à Secretaria Executiva do Núcleo Jurídico e Fazendário (Senjuf), informa que os servidores de carreira e comissionados devem entregar, as declarações de bens e valores.

Ao servidor que não entregar a declaração no prazo estipulado será instaurado processo administrativo disciplinar, e aos que prestarem falsas informações, caberá penalidade prevista no art. 13, § 3º, da Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992. “Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, aos agentes públicos que se recusarem a prestarem declarações dos bens, dentro do prazo determinado. 

Os servidores devem declarar bens imóveis, móveis, títulos ou valores mobiliários, direitos sobre veículos automotores, embarcações ou aeronaves, dinheiro, aplicações financeiras ou quaisquer outros bens e valores patrimoniais localizados no país ou no exterior.

Pois bem, Isso é uma pequena demonstração aos servidores de carreira que não cumprirem com essa determinação do governo, quem quiser saber mais é só acessar o SITE da secretaria de fazenda e poderá ter mais informações a respeito desse assunto.

Em primeiro lugar, digo que não estou questionando lei, pelo contrario, acredito que o governo, realmente tem sim, que ter controle dos bens e valores dos servidores.

Agora, a incoerência de inversão de valores nesse País, em especial no nosso Estado é uma brincadeira.

No registro das candidaturas majoritárias para as eleições deste ano, por ex. conforme algumas declarações de bens e valores, registrada no TRE, deixa qualquer cidadão de bem abalado com as incoerências da lei, e da desigualdade entre nós cidadãos, que pagamos nossos impostos com muito sacrifícios.

O patrimônio do rei da moto serra por ex (PR), que disputa uma vaga no Senado, aumentou cinco vezes, nos últimos quatro anos, Isso comparando as duas últimas declarações de bens feitas junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE): em 2006, o rei afirmou possuir R$ 33,4 milhões; agora, o patrimônio saltou para R$ 152,4 milhões, conforme declaração de bens, registrada na Justiça Eleitoral.

Isso equivale o pagamento em dobro da mega sena do  último dia do ano de 2009, quando a mega sena pagou o maior prêmio desde a sua criação, que na oportunidade os sortudos apostadores dividiram o valor de R$ 144,9 milhões...

Já o candidato e empresário da bimetal (PSB) declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) possuir um patrimônio avaliado em R$ 57 milhões.

Agora a pergunta é... se algum servidor de carreira possuísse um patrimônio como esse, não estaria respondendo a justiça de onde tirou tanto dinheiro?

Esses são os candidatos a governador, e ao Senado Federal nas eleições deste ano, por Mato Grosso. Se ganharem as eleições, em quanto poderão  aumentar, ainda mais seus patrimônios?
Mato Grosso atinge 1,07 milhão de pessoas, sendo 804 mil pessoas em condições de pobreza absoluta, ou seja com rendimento mensal de até meio salário mínimo, e cerca de 267 mil em condições de extremas pobreza, ou seja, com menos de R$ 127,5 para viver por mês, o que representa, um quarto do salário mínimo, de R$ 510.
É possível viver com tão pouco dinheiro!...


ALADIR: 
O SERVIDOR
aladirrocha@gmail.com 



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