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Opinião
Quinta - 15 de Julho de 2010 às 11:26
Por: Pedro Nadaf

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Amanhã será comemorado em todo o país "O Dia do Comerciante". O significado da data, 16 de julho, é singular aos que empreendem na atividade comercial. Em 1953 o presidente do Senado Federal, João Café Filho promulgou a Lei 2.048, que instituiu este reconhecimento para os que atuam em uma das atividades mais antigas do mundo, que remonta o início das civilizações, quando a economia funcionava no sistema de trocas.

Revela-se ao longo da história da humanidade, registros distintos, da presença ativa dos comerciantes. Com o passar dos anos, e se colocam anos nisso, que somados formam milênios, o aperfeiçoamento dos empreendedores do comércio foram constantes, inclusive na atuação de ramos cada vez mais variados. Passa pelas primeiras trocas, pelo uso da moeda, pela evolução dos meios de transportes, pelos descobrimentos, pelas invenções, pela instituição dos impostos, pelo avanço tecnológico etc...

Os comerciantes que iniciaram suas atividades fazendo trocas entre si, para suprirem necessidades imediatas, como alimentação e vestuário, tiveram seus sucessores percorrendo longos caminhos, até se deparam com o admirável mundo novo da tecnologia, que o conduziram a um universo sem fronteiras da era digital, fazendo transações bem sucedidas via e-commerce.

Foi o uso da comunicação eletrônica e digital, em grande escala, aplicada aos negócios uma das maiores revoluções de todos os tempos para a atividade comercial. Afinal, em segundos mantêm-se contatos diretos com seus distribuidores, fornecedores e até mesmo a parte principal, o cliente. Tudo de forma eficiente, viabilizando ainda mais os empreendimentos.

O que diria hoje José da Silva Lisboa, o Visconde do Cairu, contemporâneo de Adam Smith, pensador inglês que criou a economia política, ao ver tanta evolução. Ele nasceu na Bahia, em 16 de julho de 1756, data que inspirou a criação do Dia do Comerciante. Foi um ilustre empreendedor, que na época já compreendia a importância da expansão comercial. Dom João VI, influenciado pelo Visconde do Cairu, decretou a liberdade do comércio em nosso país. Esta personalidade deixou um importante legado para aqueles que contribuem com o desenvolvimento econômico, em empresas de todos os portes, principalmente por usar seus conhecimentos jurídicos para o combate do monopólio colonial, responsável pela restrição dos negócios com o mercado externo. Não dá para imaginar o nosso país sem a abertura dos portos para a expansão comercial. Me pergunto: seria o mesmo que, nos dias de hoje, não poder navegar pelo universo on-line?

Temos o que comemorar pela passagem do Dia do Comerciante? Certamente que sim. Informações difundidas nesta semana ilustram bem o quanto há otimismo em nosso país. Dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior revelam que "nos cinco dias úteis da segunda semana de julho de 2010, fechado no último domingo, a balança comercial brasileira registrou exportações de US$ 4,161 bilhões, com média diária de US$ 832,2 milhões. O valor é 9,1% superior à média de US$ 763 milhões da primeira semana do mês". Outra informação divulgada na imprensa nacional enfatiza que as exportações de carne bovina do Brasil encerraram o primeiro semestre de 2010 com crescimento de 2% em volume e alta de 23% em receita, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Certamente temos o que comemorar. A economia está girando de forma muito positiva, o comércio varejista crescendo, empresas locais conquistando boa performance nacional, ampliando seus negócios. O superávit no comércio exterior é um exemplo... melhor dizendo, um grande exemplo da boa performance dos setores produtivos, nos quais uma figura ímpar no contexto econômico, o comerciante, contribui. Com sua visão e dinâmica, cada vez mais concretizam bons negócios, seja aqui, no Brasil ou em qualquer parte do planeta.

Aos homens e mulheres de negócios, que se dedicam a atividade comercial, deixo meu reconhecimento e meus parabéns pela data. Ainda que seja um dia de muito trabalho, pois a atividade não pode parar, o Brasil estará em festa.



Pedro Nadaf
é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT



Autor

Pedro Nadaf

PEDRO NADAF é secretário-chefe da Casa Civil

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