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Opinião
Sábado - 10 de Julho de 2010 às 08:01
Por: Paulo Zaviasky

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Grande amigo que mora no exterior enviou-me um DVD contendo comentários científicos sobre a urna eletrônica brasileira e o aparato “secreto” que a cerca.

O pior é a incompetência de nossos centros de “inteligência” nacional que nem sabem ainda que tudo está nas mesas de estratégias dos países do mundo inteiro e que já analisaram a nossa urna “eletrônica” desde seu esboço em 1985.

Não adotaram esse método em outros países civilizados porque a fragilidade da urna eletrônica é um espanto. Segundo eles. Para cada codificação dessas/nessas urnas, os hackers ou piratas virtuais eram desafiados a quebrar os códigos de segurança.

Nunca, notem a palavra “nunca”, tais urnas indígenas tupiniquins se mostraram dignas de seriedade. Segundo eles. São quebradas até por crianças de oito anos. Isto porque os cegos daqui não imaginam que “protegendo” apenas as urnas, se esquecem de todo o resto.

Ora, se os meninos do mundo inteligente conseguem quebrar as senhas até dos satélites da NASA, o que diríamos dessas urnas elaboradas por desconhecidos interessantes daqui que ninguém sabe quem é, até porque não interessa.

As TVs por assinatura lutam com unhas e dentes para encontrarem uma codificação eficiente para que milhares ou milhões de pessoas deixem de sintonizarem seus canais gratuitamente e até hoje não conseguiram.

Inventaram um código eficiente denominado Nagra-2. De mês em mês, o código muda aleatoriamente no satélite que passa a aceitar apenas os cartões codificados dessas empresas, como a SKY, Via Embratel e outras.

Pois, não é que os milhões de espectadores que captam gratuitamente através de um aparelhinho decodificador todas as programações inteiras desses satélites recebem, em menos de duas horas, o novo código mensal em seus e-mails que “quebram” os segredos bilionários dessas empresas de canais de TV por assinatura?...

Por isso, acabam de inventar o Nagra-3 que muda violentamente todos os códigos dos satélites de vinte em vinte segundos. Eu registrei: segundos. Custou bilhões de dólares e é considerado infalível por causa da mudança do algoritmo velozmente cujas senhas biliométricas nunca se repetem no universo digital. Era.

Isso aconteceu no dia cinco de maio passado às vinte horas, horário de Brasília. Mas, o mundo amanheceu com todo o planeta alegre novamente, sintonizando apenas tudo outra vez. De graça, para quem possui o aparelhinho e um e-mail para receber a “atualização”.

O tal de fantástico e esperado Nagra-3 foi “quebrado” – seu segredo bilionário – por jovens moleques hackers ou piratas virtuais que adoram o passatempo de quebrar senhas e códigos virtuais. Tanto é que aqui em Cuiabá, também há milhares de antenas apontadas para tudo quanto é canto de nosso céu. De graça! Um passatempo que adoro. Ficar passeando no céu sintonizando todos os satélites... Até da NASA.

De repente, retorno à Terra e me deparo com entrevistas de “cientistas” brasileiros afirmando que a “nossa” urna eletrônica é inexpugnável. E ainda afirmam que os EEUU entre outros países estão atrasados tecnologicamente.

Ou são burros mesmo ou querem nos taxar de idiotas. Afirmam, até, que deixam essas urnas brasileiras estacionadas dentro de cofres do Banco Central. Haja cofres. Esquecem do micro de abertura, dos que abrem, do sistema captador, dos que manipulam, até o micro final totalizador... Precisa dizer mais? É como falsificar notas do Real. A fraude é feita no caminho de fora da Casa da Moeda...

Eles já sabem que essas urnas foram violadas no passado. Encontradas até em depósitos de lixo, jogadas fora por bandidos decepcionados com a porcaria produzida aqui. Não vale um pequi roído.

Este alerta vale para os analistas do exterior não pensarem que nosso povo também é burro. “A gente sabemos”, mas não há alternativas políticas por enquanto, portanto, qualquer resultado produzido... Tanto faz!

 
* PAULO ZAVIASKY é jornalista

verpz@terra.com.br



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