Influenza H1N1
Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é a pneumonia, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no Brasil. A doença inicia-se com febre leve acima de 37,5ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também, freqüentemente, confundida com outras viroses respiratórias, como resfriados comuns, por exemplo.
São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética).
A influenza A (H1N1), antes conhecida como influenza (gripe) suína, é uma gripe causada por um novo tipo de vírus identificado laboratorialmente no estado da Califórnia, Estados Unidos da América, em 2009. Outros países, como México, Canadá, Espanha, Reino Unido estão notificando a ocorrência de casos dessa nova doença. Os testes de laboratório indicam que esse vírus é o resultado da combinação de vírus da influenza de origem humana, suína e aviária.
Os sintomas dos casos suspeitos são Caracterizados pela presença de aumento súbito da temperatura a 39ºC, mais tosse ou dor de garganta e, pelo menos, com uma das seguintes queixas: cefaléia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), dispnéia (dificuldade de respirar), calafrios, fadiga (cansaço), dor de garganta; ou a pessoa que, até 10 dias após interromper o contato direto ou indireto, cuidou de alguma pessoa considerada caso suspeito, conviveu com ela, ou tocou em secreção respiratória ou fluído corporal dessa pessoa.
Este novo vírus da influenza A (H1N1) é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com o vírus e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados, começando dois dias antes e até cinco dias depois do início dos sintomas;
No momento atual estamos no meio da campanha de vacinação contra o vírus influenza, e essa vacina deve ser evitada em pessoas hipersensíveis a ovo, pena ou galinha, porque é produzida de embriões de pinto. A vacinação não será feita em toda a população porque não há disponibilidade da vacina em escala mundial para atendimento da demanda. A vacina é segura, e a probabilidade de ocorrer um evento não desejado é o mesmo para qualquer vacina.
Há um medicamento antiviral indicado pela OMS, onde o tratamento está recomendado diante de casos: Confirmados ou Suspeitos, de forma empírica que é um tratamento iniciado antes da confirmação da infecção, ou antes, da identificação do microorganismo, com evidência de alterações nas vias aéreas inferiores; de deteriora¬ção clínica; de grande risco de complicações, como ocorre em crianças com menos de dois anos de idade, adultos jovens; ges¬tantes e puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); pessoas com comorbidades, como pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (in¬cluindo hipertensão arterial sistêmica); nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúr¬bios metabólicos (incluindo diabetes mellitus, obesidade grau III); transtornos que podem comprometer a função respiratória, a manipulação das secreções respiratórias ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia ou outras doenças neuromusculares); imunossupressão, inclu¬sive medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana; pessoas com menos de 18 anos de idade medicadas há longo período com ácido acetilsalicílico (AAS). O antiviral só faz efeito se for tomado até 48 horas a partir do início dos sintomas. Um alerta a população para não utilizar qualquer medicamento sem orientação médica, a automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus.
A Organização Mundial de Saúde Animal e o Ministério da Agricultura não relataram casos de transmissão da influenza A (H1N1) para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. Portanto, não há risco no contato e consumo de produtos de origem suína.
Alguns dos exemplos de cuidados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória são:
• Higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
• Usar lenço de papel descartável;
• Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
• Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
• Evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
• É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
• Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
• Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.
Acadêmicos do Curso de Enfermagem Uned
Lincoln C. Barros
E Grasiela C. S. Botelho
Professora Especialista Maria Gorete Nicoletti Pereira
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