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Opinião
Quinta - 10 de Abril de 2014 às 09:48
Por: Pedro Nadaf

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Quantidade de tempo x qualidade do tempo. Há uma diferença muito grande entre estes dois índices, e isso nos mais diversos sentidos de nossas vidas, que extrapolam o núcleo familiar e atingem o trabalho, os negócios, e o convívio social, dentre outras esferas do nosso cotidiano. Saber qual o peso e a medida de cada um, e mais do que isso, o seu equilíbrio, não é uma tarefa nada fácil.

Em uma empresa, por exemplo, onde é comum se estabelecer objetivos grandiosos, no caminho traçado para o alto desempenho, para a eficácia e para tornar viáveis as grandes idéias, uma forma de equilíbrio, sobre meu ponto de vista, é ter profissionais alinhados com a abordagem quantidade de tempo x qualidade do tempo. Nem sempre, entretanto, é possível o empresário priorizar nos seus quadros, o que é chamado na frança de ‘intrapreneur’, que quer dizer empreendedor interno, ou intraempreendedor, cujas competências e entusiasmos, fazem não só girar os negócio mas torná-los muito exitosos.

"Felizes os empresários que contam nas suas equipes, com profissionais deste nível, que tem a capacidade de implementar as ideias, que conseguem implantar projetos com começo, meio e fim"

Se o profissional tem em seu DNA a força do intraempreendedorismo, automaticamente utilizam com maior qualidade, a quantidade de tempo que dispõe, seja com foco na sua visão sistêmica, liderança, na paixão pelo que fazem, na boa comunicação, na atitude, na visão, na inovação. São motivados, e através da motivação dão retorno mais satisfatórios para as empresas, 

participando no dia a dia dos campos das decisões, das novas ideias, não gastando o seu tempo com o que é desnecessário, agindo sempre como verdadeiro parceiro. Felizes os empresários que contam nas suas equipes, com profissionais deste nível, que tem a capacidade de implementar as ideias, que conseguem implantar projetos com começo, meio e fim.

De um lado profissionais intraempreendedores, do outro, empresários com foco na gestão. Ingredientes que somam positivamente a quantidade de tempo x qualidade do tempo. Para lidar com o dia a dia empresarial, é preciso muito foco, pois o empresário se vê envolvido com multiplicidades de tarefas: seu quadro de pessoal, suas finanças, seus distribuidores, seus clientes. Caso não canalize tudo isso, sem entrar pelo viés da contramão no processo corporativo, o impacto será desastroso afetando o sucesso do empreendimento. Foco, não é o único pilar a equilibrar o tempo de uma gestão, mas é um dos fatores de maior importância.

Na abordagem da qualidade e da quantidade do tempo, a construção do convívio social é também relevante. Na sociedade moderna, na qual poucos querem assumir a condição de misantrópicos, ou seja, os que preferem não ter convívio social, é preciso alimentar as redes de convivência. Muitos lançam até mesmo mão da tecnologia para estabelecer seus contatos sociais, e acabam prejudicando o próprio ambiente profissional e o convívio familiar.

É complexo o processo. Pergunto, entretanto, abrindo espaço a reflexão: o que seria uma conduta social satisfatória, tendo-se em vista a falta de tempo, ou a má qualidade do tempo que se dedica a mesma? É possível se estabelecer um equilíbrio entre quantidade e qualidade, quando o assunto é o tempo de uma convivência saudável. Será que no fundo, alguém teria uma resposta para compartilhar?



Autor

Pedro Nadaf

PEDRO NADAF é secretário-chefe da Casa Civil

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