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Opinião
Sábado - 28 de Junho de 2014 às 13:11
Por: Alecy Alves

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Dizer que o Governo não fez a tarefa de casa para sediar os jogos da Copa do Mundo não é nenhuma novidade.

Nem as obras fundamentais, sem as quais Cuiabá poderia ser excluída do maior evento futebolístico da terra, ficaram prontas a tempo.

O estádio, denominado Arena Pantanal, por exemplo, foi concluído na marca do pênalti.

Já as obras de reforma e ampliação do aeroporto Marechal Rondon nem na marca do pênalti, mas recebeu as adequações necessárias para não nos envergonhar na recepção das delegações e turistas.

Já os Centros Oficiais de Treinamento(COTs) são para a posteridade. Lamentavelmente, sem os COTs nenhuma seleção, das oito que para aqui vieram, ficou concentrada ou treinou em campos cuiabanos. "Se a Copa chegou, agradou e deixou saudades, o mérito é uns 90% é da população. Alegria e hospitalidade são características do cuiabano"

Não podemos nos esquecer das outras obras, se bem que a lista é tão grande, mais de 50, que só recorrendo aos projetos propagados para tentar lembrar.

Ficaram pela metade ou mal começaram o VLT, trincheiras da Jurumirim, Santa Rosa; viadutos do Tijucal, Cristo Rei... Ufa!

Na Segurança Pública, a falta de empenho governamental também ficou evidente. Nenhuma obra foi executada e todos os equipamentos utilizados foram adquiridos com verbas federais.

E o que dizer do plano de inclusão de 4 mil homens nas fileiras policiais, um aumento de mais 50% do efetivo em quatro anos?

A comparação dos dados oficiais sobre ingresso e desligamentos (aposentadorias, exonerações, entre outros) mostra que durante a Copa a PMMT teve apenas 122 policiais a mais, o que representa um aumento de 3% em relação a 2010, ano do anúncio.

Portanto, se a Copa chegou, agradou e deixou saudades, como escreveu em reportagem meu colega Gustavo Nascimento, no que concordo plenamente, eu digo que o mérito, quem sabe em uns 90%, é da população.

Devemos parabenizar, sim, mas a sociedade se o “imagina na Copa!” se transformou em “imagina que Copa!”.

Alegria e hospitalidade são características do cuiabano, como retrata a história desse povo ordeiro e pacífico por natureza.

E o espírito de paz e amizade dos torcedores que para cá vieram completou a festa.

Esquecer-se dos problemas e celebrar o momento festivo é típico do brasileiro. É assim no Carnaval, lembram?

Então! Claro que na Copa do Mundo não seria diferente.

Esperado há mais de meio século e tão comemorado desde a escolha como sede, o evento que reúne os pés mais habilidosos do mundo para reproduzir a paixão de um povo não poderia fracassar.

Não por culpa da população. 



Autor

Alecy Alves

ALECY ALVES é repórter do jornal Diário de Cuiabá

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