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Opinião
Quarta - 05 de Novembro de 2014 às 08:21
Por: José Paulo Traven

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No ultimo dia 25, o Fórum Permanente Mato-grossense de Cultura, recebeu o governador eleito Pedro Taques, que se dispôs, por três horas seguidas, ouvir as reivindicações da classe e recebeu um documento intitulado “Carta Aberta ao Governador”, que expõe a opinião da classe, contrária à possibilidade de extinção da Secretaria, como único ponto discordante.

O documento discorre de forma ampla sobre o Plano de Governo para o setor cultural e demonstra que a classe cultural encara de forma muito positiva os pontos apresentados pelo Plano, se colocando à disposição para contribuir com a execução do mesmo e o aprofundamento das propostas.

Fica claro neste cenário a boa vontade do governador, que, inclusive, incluiu membros do Fórum Permanente de Cultura na comissão de transição, para auxiliar no diagnóstico e propor direções políticas a serem tomadas.

Ficou muito claro também, que a comunidade cultural está unida e empenhada em contribuir para que a cultura seja realmente respeitada como prioridade estratégica na construção de uma sociedade desenvolvida material e intelectualmente.

Mato Grosso avança como potência econômica, em contrapartida tem retrocedido em desenvolvimento humano, graças a gritante desigualdade social existente em nosso território. "E é preciso coragem para mudar nosso Estado, e para transformá-lo se faz necessário uma real mudança de paradigma."

E é preciso coragem para mudar nosso Estado, e para transformá-lo se faz necessário uma real mudança de paradigma.

Precisamos entre outras ações enxergar a cultura para além de seu valor simbólico, como um setor capaz de gerar emprego e renda, como um instrumento de cidadania capaz de potencializar educação, as ações sociais e a segurança pública, diminuindo os índices de desigualdade e criminalidade, que tem nos jovens de nossas periferias, o público alvo para o assédio de aliciadores criminosos.

A gestão cultural planejada, com vontade política e recursos, pode e deve ser uma saída para diminuirmos a violência e a falta de perspectivas, pela qual passam nossos jovens que estão sendo assassinados em todas as periferias existentes no Estado.

Mas para isso precisamos mudar foco e ponto de vista, terminar com um órgão de governo que deveria capitanear esta transformação, a pretexto de equilíbrio orçamentário, não vai contribuir para avanços.

Pois esta pequena economia, será cobrada de forma dura pelas vitimas do abandono que povoam nossas cidades.Precisamos decidir o que é mais importante sim, pois se não soubermos onde queremos chegar, qualquer lugar e direção nos servirá.

Quando a esperança acaba, não existe mais sonhos possíveis! Estamos precisando de transformação da dura realidade que aí está, e a cultura tem esse poder!



Fonte: Mídia News

Autor

José Paulo Traven

JOSÉ PAULO TRAVEN é produtor e gestor cultural, atual secretário-adjunto municipal de Cultura de Cuiabá

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