Assuntos da rua
A Assembleia Legislativa e a AMM vão à Justiça para garantirem a distribuição de 50% do Fethab com as prefeituras.
Tem gente da área jurídica que acredita que, se essas ações subirem para Tribunais Superiores, pode matar o Fethab.
Que ele não aguenta uma discussão jurídica mais aprofundada. Arguem que, se o Fethab fosse bem amarrado legalmente, por que isso não se espalhou pelos estados brasileiros?
É momento de conversa política entre os vários interesses para não se matar a galinha dos ovos de ouro.
O Fethab pode arrecadar quatro bilhões em quatro anos. É mais do que os empréstimos para o VLT, MT-Integrado e o programa de pontes de concreto juntos.
Cresce outro rumor na rua. Fala-se que talvez a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas concordariam em deixar de receber um pequeno percentual dos seus duodécimos a cada ano para que esse dinheiro fosse para o término de um hospital inacabado em Cuiabá.
A Assembleia recebe, por lei, 1.77% sobre um orçamento para 2015 de 14.7 bilhões. O TC tem direito a 1.23%, mais 0,18% para o Ministério Público de Contas ou, no final, 1.41%. Será verdade a estória da rua?
Tem muitos comentários sobre o final do governo Silval. A coluna envereda por apenas três deles.
O governador disse em entrevista que no dia 31 de dezembro, à tarde, em seu gabinete, entregou ao Pedro Taques, que tomaria posse no outro dia, o extrato da conta do estado no Banco do Brasil que mostrava que haveria ali 800 milhões de reais.
Na sexta feira, dia 2, foram ao Banco e havia 80 mil reais. Será que o Silval não sabia que o pessoal que ia entrar no governo iria checar o que ele dissera de público? Se sabia, por que fez aquilo? Incompreensível.
Outra conversa é sobre o tal pagamento de 100 milhões de reais em dois dias. Se as dívidas existiam, por que aquele estranho pagamento naquela correria?
Será que não sabiam que toda Cuiabá sabia o que estavam fazendo na Secretaria de Fazenda naqueles dois dias? Pegou muito mal. E ficou pior quando o Banco do Brasil barrou a farra dos 100 milhões.
Uma coisa que a sociedade quer mesmo saber é o que se gastou nas obras da Copa. Tem dinheiro para terminar o VLT?
Se não tem, como essa obra é pelo Regime Diferenciado de Contratação, não teria aditivo. Sem aditivo, dá para terminar toda a obra?
Tem dinheiro para terminarem os Centros de Treinamento da UFMT e do Pari? As empreiteiras receberam o dinheiro e não concluíram o trabalho?
Ou o dinheiro acabou antes e elas pararam? Todo mundo quer saber que diabo aconteceu.
A grande pergunta do momento: será que o governo Taques vai mesmo implantar a meritocracia no serviço público estadual?
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