Um pacto por Mato Grosso - 3 É preciso abrir mão da ganância e de formas abutres de ocupação no território rural e urbano de MT
Um pacto para começar a mudar, transformar a gestão pública em MT, é rigorosamente necessário nesta conjuntura de uma nova concepção política.
A mudança será melhor ou mais lenta, a depender dos velhos políticos (mesmo com idade jovem), que continuarão resistindo e farão de tudo para manter tudo como está. Leva de políticos carcomidos, chafurdando nas velhas e tortas práticas políticas inundadas em um lamaçal de corrupção material e subjetiva.
Esta resistência é grande, está presente especialmente em manifestações dissimuladas, da boca para fora, pois nos bastidores não apoiam e torpedeiam necessárias mudanças e práticas na gestão pública. Não conseguem pensar em mandatos e poder público sem locupletação para si próprios e correligionários.
A força de corrompimento no domínio do poder político é avassaladora, crônica e contagiante como uma doença transmissível e um câncer em inexorável metástase.
O setor público está tomado por ilhas feudais conduzidas em redes por verdadeiras gangues apoiadas e estimuladas por grupos político-partidários.
É por isso que ocorre ostensivamente um embate surdo e até raivoso por indicações políticas e cargos em todos os escalões do governo. "Ameaças de retaliações e golpes ao novo gestor, que ousa romper com a verdadeira delinquência pública cronificada na maioria dos políticos. Novos e velhos de idade e de práticas delituosas."
Ameaças de retaliações e golpes ao novo gestor, que ousa romper com a verdadeira delinquência pública cronificada na maioria dos políticos. Novos e velhos de idade e de práticas delituosas.
Temos que apostar nas novas gerações, precisamos conversar sobre ética com nossos filhos, netos, amigos.
Propiciar discussões que adentrem ao sistema educacional em todos os níveis estimulando e propiciando informações, reflexão e discussão dos graves problemas que afetam o destino das atuais e futuras gerações.
Hoje temos aí um superlaboratório natural disponível que aponta a reconstrução da ética na evolução humana.
Nesta contenda aqui em MT, poderá sobrar para os atores da antiética a execração pública, na medida em que o processo de transparência avance.
É perfeitamente possível que a população, as representações sociais cobrem dos parlamentares e dos demais políticos posturas decorosas para melhor representar interesse público.
Os óbices do novo governo começam com o legado da ingovernabilidade e concretude de verdadeira ‘terra arrasada‘.
Do ponto de vista econômico, social e sobretudo ético! Os supersecretários que compuseram as últimas gestões como valetes para atuarem em qualquer posição de mando, não seguiam uma direcionalidade com método de trabalho voltado para mudança.
Deu no que deu, é só ir a fundo nas informações. Acabaram ampliando e recristalizando os feudos políticos, favorecidos pela ausência de um método de trabalho.
Agora é construir um acordo pela sustentabilidade ética, ambiental, pela transparência ampla em todos poderes e rigor no combate à corrupção. Identificar e intervir sobre a violência em suas mais expressivas modalidades.
Violência contra os cidadãos, por falta de infraestrutura e segurança. Violência contra mulheres, idosos, LGBTTS e minorias, a verdadeira ciranda de assassinatos e dependência de drogas. Violência pela falta de equidade (dar mais a quem tem menos) nas políticas públicas.
Violência pelo baixo acesso a políticas públicas de qualidade, como na educação, saúde, assistência social, segurança pública, meio ambiente, abastecimento alimentar interno, cultura, esportes e lazer.
Violência contra populações autóctones, indígenas e quilombolas.
Nesta composição, é um pacto pela vida sustentado em políticas setoriais como saúde, educação e ambiente. É possível reavaliar o modo de produção agrícola concentrado na monocultura, na contaminação ambiental e na ilimitada expropriação de recursos naturais.
Rever esta expansão horizontal e compor tecnologias apropriadas para o bem estar da população e o bom uso das riquezas do nosso Estado.
Estabelecer limites claros e seguros para o crescimento centrado só na lógica econômica e de exportação da chamada ‘agricultura branca‘.
Pensar em intervir sobre os limites do crescimento, da economia, para qualidade de vida presente e futura deste povo que vive neste território.
É preciso abrir mão da ganância e de formas abutres de ocupação humana e econômica no território rural e urbano mato-grossense.
Há espaço para todos. Em um pacto por políticas públicas para diminuir desigualdades e assimetrias econômicas e sociais.
Pela decência na política!
Comentários