Pichação e grafite A diferença entre um e outro é que o primeiro é um ato de vandalismo e o segundo, uma manifestação artística.
A diferença entre pichação e grafite, segundo os entendidos, é que o primeiro é um ato de vandalismo e o segundo, uma manifestação artística.
Pichando ou grafitando propriedades particulares ou bens públicos, sem a necessária autorização, o “artista” está cometendo um ato de vandalismo e, portanto, sujeito às penas prevista na lei 9 605/98, que são prisão e multa.
A trincheira dos trabalhadores começou a semana com pichações de protesto, não reprimidas pela polícia.
Se o que está pintado lá é grafite ou pichação, embora eu ache que tem muito mais da segunda que do primeiro, não vem ao caso neste episódio.
O importante é que sendo um ou outro, dependeria de prévia autorização do órgão público responsável. "Creio que a polícia não foi autorizada a agir pela sacralização da palavra arte. Muitos tem medo dos “culturetes” que estão por aí prontos a desqualificar os que não gostam das coisas de que eles gostam"
A imprensa mostrou a cena de diversos pichadores/grafiteiros em franca atividade, observados pelos policiais inertes. Ninguém assumiu a responsabilidade de mandar os policiais interromperem o ato ilegal.
Creio que a polícia não foi autorizada a agir pela sacralização da palavra arte. Muitos tem medo dos “culturetes” que estão por aí prontos a desqualificar os que não gostam das coisas de que eles gostam.
Aliás, esses culturetes gostam mesmo é das coisas que as pessoas comuns não gostam, e nisso está o seu prazer.
Quem viu a sujeira que fizeram lá terá uma ideia do que acontecerá com nossos viadutos e trincheiras se as autoridades não resolverem a aplicar a lei reprimindo essa ilegalidade.
O Ministério Público deveria propor a condenação dos participantes, pedindo, no mínimo, a repintura da área detonada.
Ou será que o os promotores também temem a estridência dos “agitadores culturais” (será que é uma profissão?) e “culturetes”?
Se o poder público optar por apresentar ali trabalhos de grafite, o que poderia ser uma boa ideia, que o faça com critérios, delimitando espaços e selecionando os participantes, antecipadamente.
Claro que alguns vão dizer que qualquer um deve ter o direito de rabiscar onde quiser, mas isso é uma grande bobagem.
A arte está sujeita a tantas interpretações no tempo e no espaço que até o conceito que a define é variável, também no tempo e no espaço. Expressões que alguns têm por artísticas para outros não dizem nada.
Assim todos tem direito de expressar sua “arte” e escolher seus “artistas”. Direito de expressar não garante espaço para expressar.
O espaço precisa ser conquistado, obedecendo critérios. Se o poder público se omitir vira bagunça.
Que tal a Secretaria de Cultura apresentar os melhores grafiteiros do estado para uma escolha da sociedade?
O site da secretaria poderia mostrar trabalhos de cada um e a sociedade escolheria os que achasse melhores. Depois era só dividir os espaços e deixar a moçada trabalhar.
Comentários