Estratégia perfeita Um líder de Taques saído do "Grupo dos 13" tende a diminuir o impacto dos ataques isolados
O jogo político não se resume à eleição, nem chega ao seu final com a publicação do resultado dos votos apurados.
Faz parte desse mesmo jogo uma série de etapas. Mesmo que parte delas não é norteada pelo bom senso ou, tampouco, pela negociação, até porque muitas ações se concretizam por negociatas.
Isto, no entanto, está longe de descartar a interação entre as pessoas, as quais são desejantes e, por isso, com interesses incompatíveis entre si.
Daí ser imperiosa tanto a existência da situação quanto da oposição no Parlamento. Bem mais imperiosa é identificar o comportamento de cada uma delas.
Por aqui, vale ressaltar, inexiste mistério. A oposição continuará ser esporádica, e, ainda assim, a cargo de um ou de outro parlamentar do chamado ‘grupo dos 13‘, jamais em bloco, como deveria ser, e cuja desenvoltura poderia ser entendida de forma sincronizada. Mas de organizada, ela não tem nada. "E é natural que tal resistência ocorra. Pois o líder sempre foi alguém do mesmo partido ou de outro pertencente à coligação que ajudou a eleger o chefe do Executivo "
Justifica-se, então, a falta de perspectiva dentro de cada um dos segmentos da sociedade civil.
A expectativa, por ora, cabe dizer, é quem será o líder do Governo Pedro Taques. Dilmar Dal Bosco (DEM), talvez, já tenha sido o escolhido, e o governador aguarda apenas o momento para comunicar a decisão.
Podendo ou não sair hoje, enquanto o leitor se depara com este texto, escrito na tarde de ontem.
As especulações foram muitas. E não é para menos, até como ingredientes necessários para esquentar o jogo político, a exemplo das notícias plantadas, e estas, evidentemente, impulsionaram aquelas.
De todo modo, é bom que se diga, foi ventilado o nome de Emanuel Pinheiro (PR), igualmente o de Wilson Santos (PSDB). Não o do Zeca Viana (PDT). Pois este já havia sido descartado.
Aliás, o próprio presidente do PDT descartou a si mesmo, quando se valeu de uma tática totalmente equivocada, com o fim de ser consolidado como líder.
Por outro lado, o tucano e ex-prefeito da Capital não tem o perfil de líder, e, certamente, poderá ajudar o governador exercendo o papel de provocar o debate, a discussão em torno de projetos de interesses do governo, ou até mesmo naqueles contrários as vontades do Palácio Paiaguás.
Esta coluna é da opinião de que o nome do líder deveria ter saído do chamado ‘grupo dos 13‘. Ainda que tal ideia provoque certa ‘cara feia‘ dentro do ‘grupo dos 11‘.
E é natural que tal resistência ocorra. Pois o líder sempre foi alguém do mesmo partido ou de outro pertencente à coligação que ajudou a eleger o chefe do Executivo.
É assim na Câmara de Vereadores, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado.
Um líder de governo saído do ‘grupo dos 13‘ tende a diminuir o impacto dos ataques isolados de um ou outro deputado ‘oposicionista‘ (estratégica política perfeita).
E nesta lista de opções, o Emanuel Pinheiro se sobressai. Mas esta, por certo, não é o pensamento do governador Pedro Taques, nem de seus auxiliares diretos.
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