VLT, automóveis e pedestres Na reconstrução da mobilidade urbana em Cuiabá e adjacência, obra não chegou ao fim do poço
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), na reconstrução da mobilidade urbana em Cuiabá e adjacência, não chegou ao fim do poço. E está longe de espatifar com toda patifaria.
Um vinagre de terceira ou embuste por inexistência de projeto executivo. Tem fácil apenas os gastos públicos bilionários e mal explicados.
Tardiamente chegou a hora de desbaratar as indecências e fraudes. Apurar os desvios, que se avolumaram como escândalos políticos rotineiros.
Aqui o dizer do escritor William Shakespeare - tanto barulho por nada não pode ser mais aceito, impunemente.
Também, o consórcio que nada fez para solucionar suas encrencas e parcerias extras, apenas tem presteza lava jato para pedir aditivos R$ 293 milhões atuais com 64% da obra paga e com alguns rarefeitos quilômetros construídos. "É injustificável neste conglomerado urbano a inexistência de plano amplo e obras unificadas de mobilidades. "
Aqui quem já perdeu R$ 1,4 bilhão, perder mais (R$ 1,8 bilhão) pode parecer razoável. Mas a desgraça é que mesmo pagando mais não se tem a garantia que o VLT roda com qualidade e eficiência proposta.
No futuro (2020) os carinhos elétricos (engraçadinhos) já corroídos no tempo com sol e chuva em estacionamentos improvisados podem já ser contabilizados como mais prejuízos. Uma festa nababesca corrupta e corruptora com dinheiro dos contribuintes.
É injustificável neste conglomerado urbano a inexistência de plano amplo e obras unificadas de mobilidades.
Aqui se desconhece os enormes problemas de muitas cidades no mundo, que privilegiaram automóveis particulares. Não apenas no aspecto da poluição ou das mortes no trânsito, mas que mais e mais avenidas aos carros nunca significou modo conveniente de locomoção populacional.
Tome-se, por exemplo, o trânsito em São Paulo, o grande laboratório do que não se deve fazer, que flui hoje mais vagarosamente do que se move com uma carroça. Onde as pessoas perdem mais de 100 horas ao ano, presas no caótico trânsito.
Gastam parte de suas vidas úteis procurando vagas veiculares. Tudo ofertando infernal maneira de viver.
Ademais, um número crescente de cidades com planejamento antigo tem se livrado dos carros na área central e determinados bairros com redesenho urbano e outros meios de locomoção coletiva.
Mudaram a mentalidade. Transformam as urbes para as pessoas como já acontece na maior parte da Europa. Descentralizam empregos e serviços e aplicam fortes rodízios veiculares e interligaram modais.
Enquanto isto, Cuiabá, também, projetada antes dos carros, tem aderido à lógica ambígua e antiga que nunca deu certo.
Tenta-se igualar nos problemas insolúveis dos norte-americanos e australianos com seus congestionamentos veiculares e estacionamentos rarefeitos.
Aqui, também, se vai tolhendo mais e mais os espaços dos transportes coletivos e da vida dos andarilhos.
Tudo antevendo estouro rápido da capacidade de transitar com carros particulares.
Tecnicamente, o VLT tem planejamento submisso aos privilégios dos automotores. Uma mobilidade sofrível e paulistana imprestável.
Madri, Paris, Chicago, Helsinki, Copenhague e Hamburgo, dentre outras já baniram grande parte do tráfego livre de automóveis. Têm planos com menos veículos particulares em circulação.
A China tem bom modelo de subúrbios com trabalhos e serviços mais acessíveis em até 15 minutos de caminhada com descentralização das atividades comerciais.
Tudo isto aparece irrealizável por aqui com a pretensão inconsciente ou bestial de alçar uma cidade moderna com modelo tupiniquim travado. Igualada apenas a Los Angeles no aspecto de tráfego intransitável.
Evidentemente, sem as regalias e facilidades vivenciais da norte-americana.
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