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Opinião
Terça - 28 de Abril de 2015 às 13:47
Por: Emanuel Pinheiro

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Como diz o velho ditado quem semeia vento colhe tempestade. Em se tratando de economia é bem isso que ocorre na prática. Muita gente se pergunta qual é a crise mais grave, a econômica ou a política?


Do meu ponto de vista, a que agrava todas as demais é a crise de confiança que se instalou no Governo do Estado. Ela é tão perceptível que não é preciso sequer conferir o balanço divulgado pelo Governo para constatá-la.

Tenho criticado o excesso de reclamação do governador Pedro Taques (PDT) e sua equipe econômica com relação à herança maldita deixada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A situação do Estado é bem melhor do que o governo imagina.

Os números dizem por si só e não é preciso ser nenhum gênio para interpretá-los. Essa atitude negativa imposta pelo governo prejudica a todos nós, até mesmo os investidores de que acreditam no potencial de Mato Grosso.

Ao contrário do que muitos pensam, confiança não é apenas um valor simbólico. É elemento concreto, matéria prima essencial aos governos, especialmente em época de crise. Quando a população confia em um governo, acredita nos seus diagnósticos e compromissos. Quando confiam em um governo, setores produtivos investem sem medo.

Não é justo propagar uma situação financeira que não é real. Essa pregação do caos vai afastar cada vez mais investimentos. O fato em si tem gerado um clima de instabilidade econômica.

Na prática isso afugenta os investidores, inibe investimentos e aí sim teremos o caos. Mato Grosso está em ebulição, a todo vapor. Conforme o balanço divulgado no começo do mês não existe essa quebra tão propalada. Nós, não estamos quebrado!

Outro ponto de preocupação é o Decreto 53/2015, que propõe o pagamento de dívidas da gestão anterior, na ordem de R$ 700 milhões, em até 48 parcelas e ainda oferece descontos variáveis de até 50%.

Temos dois aspectos interessantes sobre o Decreto. O primeiro econômico e social, já que não é justo com aqueles que estão há tempos sem receber e receber de forma parcelada. Outra questão é jurídica, pois não foi respeitada a LDO, LOA e Emenda Constitucional 86/2015.

A questão que parece ser central agora é que é muito difícil fazer ajustes em um governo que se considere economicamente fraco. Em muitos casos, crises podem gerar oportunidade para se criar um consenso mínimo a favor de uma agenda mais ampla de reformas.

O governo não pode jamais esgotar a sua credibilidade e a sua capacidade de governança. Estou muito decepcionado com a atitude do governo, mas, não vamos nos deixar alquebrar. A saúde financeira do Estado vai bem, obrigado. Como diz a canção: Mato Grosso, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.

Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo Partido da República de Mato Grosso


Autor

Emanuel Pinheiro

EMANUEL PINHEIRO é deputado estadual pelo Partido da República (PR) em Mato Grosso

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