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Opinião
Segunda - 10 de Outubro de 2016 às 18:22
Por: Romildo Gonçalves

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Educação básica para todos é um direito fundamental, universal e inalienável de todo ser humano. Para fazer valer esse direito a sociedade como um todo vem construindo valores no sentido de alcançar uma educação de qualidade e exigindo firme vontade política de Governos compromissados, de fato, com os anseios da sociedade.

O direito à escolaridade foi assegurado no Brasil a todos-crianças, jovens e adultos, pela constituição federal de 1988, onde em seu art. 214, preceitua: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III- melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica em todo o país.

Dados e informações sobre o analfabetismo e subescolarização precisam serem analisados enfaticamente juntamente com outros indicadores sociais focando a população humana e a pressão antrópica, em especial a população humana que vive no campo.

A grande quantidade de jovens e mesmo pessoas adultas, que vivem no meio rural no caso de Mato grosso e que foram excluídas deixadas a mercê de uma educação formal, precisam ser vistas e atendidas pelo poder público o quanto antes.

Como pontua Abramovay (2000), no Brasil estão os piores indicadores educacionais rurais da América Latina. Denota-se nesse processo que a juventude encontra um conjunto de limites para permanecerem no campo.

Entre eles, está a falta de perspectivas quanto às atividades desenvolvidas, a questão da geração de renda, a falta de terra e principalmente o modelo educacional que não os preparam para o trabalho de campo de maneira consistente.

De repente por um acidente de percurso, talvez, desse que ocorrem de séculos e séculos, a última década foi a vez do Brasil no que se refere à educação brasileira.

Não bastassem inúmeros outros erros e equívocos, na administração da gestão pública do país, uma dessas hecatombes atingiu a educação brasileira em cheio tornando-se motivos de chacotas no mundo inteiro.

Nessa fatídica década tentaram a todo custo maquiá-la, criando escola superior para analfabetos, mas com e pela a rudez do tosco artista a maquiagem borrou. Então é preciso eliminar esse mal e mirar novos horizontes para a educação da juventude brasileira.

Cerca de 7,8% da população humana mato-grossense, com idade superior a 15 anos, é analfabeta. Os dados compreendem a pesquisa nacional por amostragem de domicilio de 2013. O levantamento ainda destaca que a cada grupo de mil pessoas 193 não são analfabetas.

Desde o ano de 2000 a política internacional de desenvolvimento e educação tem sido conduzida por duas iniciativas principais – a Estratégia de Educação para Todos, criada em Jomtien na Tailândia em 1990 e renovada no Senegal em Dacar em 2000, e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que foram pactuados na Cúpula do Milênio realizada em Nova York também em 2000.

Tanto a Estratégia de Educação para Todos quanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecem 2015 como o prazo para alcançar as seis metas da Estratégia de Educação para Todos e os oitos Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio.

Como se sabe o analfabetismo no mundo se encontra em torno de 781 milhões de pessoas ou seja 16% da população mundial. Dois terços dos quais são mulheres, e tem crescido desde 2000 apesar de um conjunto de medidas tomadas pelas agências internacionais.

Elevar a taxa de alfabetização da população de jovens e adultos é dever basilar do estado brasileiro, empenhar nessa tarefa é obrigação de toda a sociedade humana e nossa como educadores e formadores de opinião. Erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em pelo menos 50% a taxa de analfabetismo funcional é uma missão inadiável.



* ROMILDO GONÇALVES é biólogo, prof./pesq. em Ciências Naturais da UFMT/Seduc. Doutorando em Agricultura Tropical



Autor

Romildo Gonçalves

ROMILDO GONÇALVES é biólogo, mestre e doutorando em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

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