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Opinião
Terça - 10 de Janeiro de 2017 às 18:11
Por: José de Paiva Netto

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Sol, praia, campo e natureza, férias em família. No Hemisfério Sul, o verão é uma das estações mais aguardadas do ano, tempo para se divertir e recarregar as energias, amenizar o estresse da vida moderna, a fim de poder enfrentar e vencer os desafios de mais uma etapa que se inicia.

Contudo, nem sempre o enredo dessa história tem final feliz. Essa época registra, igualmente, altos índices de afogamentos, mortes nas estradas, violência, tendo como pano de fundo o álcool, as drogas e um dos piores dramas que uma família pode vivenciar: o desaparecimento de um ente querido, em especial, de crianças.

Em entrevista ao programa Vida Plena, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), o senhor Rui Silva, representante do projeto “Anjos do Verão”, de São Paulo/SP, trouxe importantes orientações sobre os cuidados com a segurança de nossas crianças e de nossos jovens nesse período em que as famílias saem para passear.

Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, aproximadamente 10 mil ocorrências de desaparecimento de crianças e adolescentes são registradas anualmente em delegacias de todo o país.

Infelizmente, essa situação é mais corriqueira do que se imagina, “principalmente em locais de grande aglomeração. As pessoas vão para uma praia achando que estão num shopping center ou supermercado, que possuem a mesma porta de entrada e saída. Na praia isso não acontece, pois há variantes como multidão, barracas, pessoas, vendedores, a própria maré; isso tudo faz com que os movimentos das pessoas sejam extremamente aleatórios”, afirma Rui Silva.

Para os que não vivenciaram a dor do desaparecimento de um filho, neto, primo ou mesmo um amigo, sempre fica a desconfiança de que tenha havido distração por parte dos familiares. Para Rui, que já teve um filho que se perdeu na praia e hoje ajuda o pai voluntariamente, “não se trata de descaso e desleixo, como a maioria das pessoas pensa. Várias situações acontecem de, muitas vezes, alguns metros no meio da multidão se transformarem em 12 quilômetros de distância”.

Dicas de segurança

Durante o programa, o representante do projeto “Anjos do Verão” deu algumas dicas de segurança para as férias: “Para qualquer lugar do Brasil que você se dirija, oriento que ligue ou mande um e-mail avisando aos familiares que chegou ao seu destino. Se for curtir a praia, chegue com calma, sem correrias, se apercebendo de tudo à sua volta. Saiba onde estacionou o carro, anote o endereço da rua. Procure saber, anotar o nome do quiosque, barzinho, carrinhos de lanches maiores que são fixos. Isso é importante para o pai, para a mãe, inclusive para os próprios adultos não se perderem”.

Além de todas essas precauções, Rui Silva ressalta: “Em primeiro lugar é preciso confiar em Deus que o seu ente querido será reencontrado, que é um desaparecimento momentâneo, pode demorar alguns minutos ou algumas horas. Segundo, comunicar ao maior número de pessoas possível: polícia, bombeiros, comerciantes da praia, do shopping center, parques e eventos. Procure organizações ou um lugar que tenha um som para que a divulgação seja benfeita”.

Utilidade Pública

Para informar, denunciar e colaborar na busca de crianças desaparecidas, você pode acessar alguns dos sites dos órgãos governamentais de seu Estado. O site do Ministério da Justiça é http://portal.mj.gov.br/Desaparecidos/. Em São Paulo você pode clicar www.policia-civ.sp.gov.br. Já no Rio de Janeiro, o endereço eletrônico é www.fia.rj.gov.br. Minas Gerais disponibiliza a página www.desaparecidos.mg.gov.br. No Estado do Rio Grande do Sul, você pode acessar www.desaparecidos.rs.gov.br/. Em Goiânia, www.goiania.go.gov.br/html/sosdesaparecidas/sos.htm

O número nacional para informações sobre crianças desaparecidas é o Disque 100.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com


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