E o Brasil mudou
A maior recompensa que um governante pode almejar é verificar que suas medidas beneficiam a maioria da população do Estado que administra. Esta semana tivemos a notícia de que as vendas do varejo voltaram a crescer. E isso se deu graças a uma combinação de fatores, sendo os principais a queda da inflação, a confiança de que o tempo do desemprego passou e a liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS.
Completando um ano de Governo, temos a satisfação de, ao cumprir a obrigação de prestar contas ao país, poder afirmar que estamos alcançando os objetivos traçados.
Meu governo recebeu um país dilacerado pela crise. Para combatê-la, em meu discurso de posse fiz questão de enfatizar a defesa da pacificação nacional e o papel central do diálogo. Chamei ao diálogo, à união. Reitero hoje este chamado.
A grave crise econômica que herdamos foi mais dramática ainda para os brasileiros mais carentes. E todo o nosso trabalho de recuperação do país tem como objetivo devolver a confiança, a esperança a todos. Para isso, partimos de dois pilares intocáveis: responsabilidade fiscal e responsabilidade social.
Instituímos o teto de gastos públicos, ou seja, não gastar mais do que se arrecada, ao tempo em que revalorizamos o benefício do Bolsa Família, que estava sem aumento há dois anos. Com o controle da dívida pública, a inflação começou a ceder, possibilitando ao Banco Central traçar uma trajetória firme da queda dos juros básicos da economia. Com a liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS, na verdade devolvendo ao trabalhador um dinheiro que é seu, estamos injetando na economia cerca de 40 bilhões de reais.
Todas essas medidas têm um foco: gerar empregos. É assim com as melhoras no programa Minha Casa Minha Vida. E, de igual maneira com o Cartão Reforma. É assim na recuperação de nossas estatais, como a Petrobrás, a Eletrobrás, o Banco do Brasil. Notadamente, com os investimentos que já estão entrando no país graças aos leilões do PPI - Programa de Parcerias de Investimentos.
Controlar os gastos, priorizar despesas, assegurar e reforçar áreas como saúde, educação, habitação popular, grandes obras de infraestrutura, como a conclusão da transposição das águas do São Francisco: tudo isso foi possível fazer ao longo deste nosso primeiro ano.
Tivemos avanços em todas as áreas. Esses avanços levaram à retomada da confiança no Brasil, em nossa capacidade de enfrentar o presente e estar prontos para o futuro, deixando para trás os temores e as ameaças de que tínhamos perdido o rumo.
Com a aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista vamos perenizar essas conquistas. Tivemos uma travessia árdua. Mas estamos chegando. Agora é trabalhar mais, na direção de um país mais solidário, mais unido, mais generoso.
Michel Temer é presidente da República
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