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Opinião
Sexta - 02 de Junho de 2017 às 07:28
Por: Claudinet Coltri Junior

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A oração de São Francisco ensina a fazer mais pelos outros do que se preocupar em receber. Pede a Deus que ensine a ser Seu instrumento, consolando mais do que sendo consolado, compreendendo mais que sendo compreendido e amando mais do que sendo amado. Este é o segundo artigo da série O que A Cabana nos ensina.

Pois bem, a vida nos mostra que, realmente, fazer pelos outros é muito importante. Nosso trabalho ganha significado quando resolve problemas das outras pessoas. Não à toa, Vicente Falconi, um dos maiores consultores do Brasil, define empresa como "uma organização de seres humanos que trabalham para facilitar a vida de outros seres humanos". Diz, também, que trabalhamos simplesmente porque alguém precisa do resultado do nosso trabalho. Se não há quem precise daquilo que fazemos, não há trabalho, não há empresa.

Assim, servir é a palavra de ordem. Toda pessoa que faz algo por alguém está servindo, seja no setor público, seja no setor privado. Trabalhar é servir.

Na família é a mesma coisa. Amar as pessoas faz com que realizemos coisas especiais para elas e isso nos torna mais felizes, também.

Dessa forma, a capacidade e o ato de amar e de fazer pelos outros é algo que move o mundo e que gera um efeito cada vez mais positivo. Porém, será que a essência está no amar?

Dentre tantas riquezas que a obra A Cabana nos traz, uma delas é a ideia de que não nascemos para amar, mas para sermos amados. A grande questão é que não seremos amados se não tivermos o poder de amar. Ser amado é o processo final. Por isso, quando alguém reconhece o nosso trabalho, faz com que nos "re-conheçamos" (nos conheçamos de novo). Ser amado, ser reconhecido, nos permite percebermo-nos como um ser especial, único, singular. Por isso, a oração de São Francisco continua dizendo "pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado". Se ninguém amar, não há como ser amado; se ninguém oferecer, não há como receber. Talvez, agora, os versos da canção O Sentido, da banda Catedral, já usada por mim em alguns artigos, tenha feito mais "sentido" ainda: "é só amar, amar, cada um, por cada um, eis o sentido". Só amar é que permite à outra pessoa ser amada, ou seja, fazer com que a vida ganhe significado.

Assim, é premente que amemos as pessoas para que cumpram o seu papel de serem amados e que, ao mesmo tempo, ensinemos os nossos filhos a amar, pois, só assim, o ciclo poderá continuar. Cada um, por cada um.

Claudinet Coltri Junior é professor, palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos. E-mail: coltri@coltri.com.br.



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