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Opinião
Terça - 25 de Setembro de 2018 às 10:34
Por: Mardem Machado

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O mês de setembro é lembrado por ser muito colorido e não é somente pela chegada da primavera. No setor da saúde, as cores representam todas as campanhas de conscientização que abordam assuntos, muitas vezes, esquecidos ou pouco abordados em meio a rotina. Dentre eles, o Setembro Amarelo, Setembro Vermelho e Setembro Dourado. Mas hoje quero destacar o Setembro Verde, movimento de conscientização sobre a prevenção do Câncer Colorretal (Câncer no Intestino e Reto).

Embora seja pouco divulgado, segundo o Instituto Nacional do Câncer o câncer colorretal é um dos mais incidentes no mundo e no Brasil, com mais de 36.300 casos em 2018. Além disso, é o segundo mais frequente nas mulheres (após mama) e o terceiro nos homens (após próstata e pulmão).

As causas podem variar, mas a exposição das células do intestino a fatores de risco, como hábitos pouco saudáveis, pode fazer surgir um pequeno pólipo que, com o passar dos anos, pode se transformar em um adenocarcinoma (câncer).

O Adenoma é o nome do pólipo que demora, geralmente, em torno de dez anos para evoluir para o câncer e aparece a partir dos 40 anos. Durante os dez anos de evolução, é possível fazer uma endoscopia do intestino para identificar o pólipo e quando em fase inicial, pode ser retirado durante o próprio procedimento, que é indolor e feito a base de sedação.

A colonoscopia é um dos métodos de investigação e deve ser realizada a partir dos 45 anos de idade, de cinco em cinco anos, isso em paciente que não possuem queixa nenhuma de problemas ou histórico familiar da doença.

A Sociedade Americana de Câncer informou que o exame passou a ser obrigatório a partir dos 45 anos. Já que a idade aumenta o risco de ser acometido pela doença, segundo pesquisas, 30% das pessoas com 50 anos de idade já possuem o pólipo que pode evoluir e se tornar câncer intestinal.

Uma das características do tumor é que ele leva anos para se desenvolver e pode ser prevenido, já que está relacionado principalmente a hábitos alimentares incorretos, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

O tratamento do câncer colorretal vai depender do estágio da doença, da lesão e do tamanho. Por isso, vale reforçar a importância de estar alerta, já que ele pode se desenvolver mesmo sem apresentar sintomas e, se descoberto no início, tem grandes chances de cura.

Especialistas apontam formas de prevenção, como aderir hábitos saudáveis, como não fumar, consumir pouca gordura, manter uma dieta balanceada e rica em fibras, com ingestão de frutas e verduras e praticar regularmente atividades físicas.

Mardem Machado é proctologista e diretor clínico do Instituto de Gastroenterologia e Proctologia Avançado (IGPA)



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