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Opinião
Segunda - 29 de Outubro de 2018 às 10:55
Por: Onofre Ribeiro

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A tese está no livro “Brasil - coração do mundo, pátria do evangelho”, psicografia espírita de 1938, de Chico Xavier, ditada pelo espírito de Humberto de Campos. Livro já consagrado na literatura espiritualista brasileira, com forte fundamentação histórica passada, presente e futura.

É uma tese que guiou dirigentes visionários como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck. Trago o tema por uma série de razões abaixo. Nesta quinta-feira passei a tarde em casa e dediquei-me a buscar no youtube vídeos acerca do futuro do Brasil e das ideologias políticas no país, associados à eleição presidencial de 2018. Vi 16 vídeos. Alguns de Divaldo Franco, outros de outros pensadores e alguns de Chico Xavier. Fora muitos na mesma linha e no mesmo tom, como Ramatis, por exemplo.

O que tem a ver com esta eleição presidencial? Tem tudo a ver. A leitura espiritualista que se tem casa perfeitamente com as leituras políticas econômicas do mundo atual e do futuro próximo. Cito em passant, o imenso potencial de produtor de alimentos, detentor de ativos ambientais poderosos num mundo com crescentes problemas climáticos. Fora problemas étnicos, religiosos de superpopulação nos continentes asiático e africano. Daí a ideia universalista de pátria do Evangelho.

O Brasil seguirá um novo destino a partir de 2019. Com imenso tropeços porque acabou-se a fase dos “salvadores da pátria”

O que se tem é que o socialismo foi uma doutrina balizadora do comportamento da economia nos século 19 quando contrapôs-se ao capitalismo e ao liberalismo selvagens nascentes. Em 1990 sofreu a perda do bloco da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS. Perdeu a força e a essência prática. Restou-lhe a China, a Coréia do Norte e Cuba, fora algumas pequenas repúblicas africanas. Mesmo a China adota um capitalismo de Estado na economia e um socialismo de Estado na política. Um híbrido que está funcionando muito bem, mas muito longe do marxismo puro dos anos 1900.

A tentativa dos governos do Partido dos Trabalhadores e da esquerda brasileira de aplicar aqui o socialismo vai de encontro a tudo aquilo a que me referi no primeiro parágrafo deste artigo. Do mesmo modo, com a tese de que o Brasil seria a nova pátria do socialismo na América Latina, no Caribe e em ditaduras da África pretendida por Lula e Dilma. Chocaria de frente com os propósitos espirituais que destinam ao Brasil um papel humanista no futuro próximo.

Lê-se, portanto, que o retorno da ideologia socialista ao Brasil não vingará. Ficará restrita a setores do serviço público, ao sindicalismo, nas universidades públicas, na educação e noutros setores menos relevantes. Não bastará pra um renascimento duradouro ou de vigor como nesses últimos 16 anos.

O Brasil seguirá um novo destino a partir de 2019. Com imenso tropeços porque acabou-se a fase dos “salvadores da pátria”. O destino de uma nação só se legitima se seu povo quiser...! Pra tudo tem um preço!

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.



Autor

Onofre Ribeiro
onofreribeiro@onofreribeiro.com.br www.onofreribeiro.com.br

É jornalista em Cuiabá.

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