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Opinião
Sexta - 02 de Novembro de 2018 às 10:11
Por: Rodrigo Rodrigues

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Em minha opinião não há mal maior na política que a hipocrisia. Nela está embutida a mentira, o falso moralismo e o factóide.

Eu sempre fui, e sempre serei, um democrata. Para mim, a democracia tem que ser plena, sem amarras e sem entraves.

A urna é soberana e é dela que se extrai a vontade popular.

Posso não concordar com as ideias de alguns candidatos eleitos, posso até achar que alguns candidatos foram injustiçados, mas noves fora minha vontade, respeito e torço pelos eleitos.

Hoje tive conhecimento de uma ação do candidato derrotado ao Senado, Carlos Fávaro (que foi vice-governador de Pedro Taques e também secretário em seu governo), contra a candidata eleita Selma Arruda.

A ex juíza Selma Arruda foi eleita em primeiro lugar para o Senado, numa eleição justa. Se houve excesso e derrame de dinheiro foi da parte dos Erai’s boys, como sempre.

Eu, inclusive, já escrevi que a ex juíza usou de sua caneta para se promover, pois não acho correta nem ética a atitude dela.

Agora tentar sobrepujar a vontade popular é um tapa na cara dos eleitores. Contudo, o pior da situação criada pelo candidato derrotado, Carlos Fávaro, são os argumentos escolhidos para justificar tal ação. É bom avaliar também, se existe alguém que acredita que Fávaro não usou sua condição de vice governador e de secretário da Sema para se promover? Ninguém né, pois foram justamente esses cargos ocupados que lhe deram uma base para se candidatar ao Senado.

Não quero entrar aqui no mérito jurídico, ou seja, se a candidata eleita Selma Arruda cometeu ou não algum ilícito. Acho que a legislação eleitoral deve ser democrática, sem tantas amarras e limitações. Ao longo do tempo, no entanto, foram sendo feitas várias mudanças na lei, com a justificativa de tornar a disputa mais equilibrada. Alguém viu alguma mudança de fato? Eu não!

Impera ainda o poder econômico e da máquina estatal, exemplo mais evidente, é a eleição do filho do atual prefeito de Cuiabá.

Acho legítimo o questionamento e as ações contra os supostos abusos cometidos, pois lei é para se cumprir. O que não acho legítimo é um preposto, lugar tenente, do Erai Maggi vir falar de honestidade, de conduta ilegal, uso eleitoreiro do cargo, caixa dois, etc...

Se não fosse trágico seria uma piada de mal de gosto. Erai orbita todos os governos há quase três décadas, tanto a nível estadual como no federal. Sua ideologia é o dinheiro, seu partido é a fraude. Tornou-se bilionário lesando o erário.

Hoje, uma fonte me revelou que há uma articulação para cassar o mandato de Selma Arruda e que já foram “arrecadados” dois milhões de reais para bancar esse propósito. Compraram pareceres de juristas renomados e estão com caixa para, segundo essa fonte, operar a “mala preta”.

Se existirem elementos e, se for conforme a lei, cassar a ex juíza será uma pena, um desrespeito ao eleitor, mas lei é lei, e ninguém está acima dela. Agora cassar a senadora eleita e não convocar uma nova eleição, é fazer chacota com nossa cara, é batom na cueca do TRE. Pode ir pra cima que tem treta!

Rodrigo Rodrigues, empresário, jornalista e graduado em Gestão Pública.



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