Estados pelo ralo Em Mato Grosso, cenário de alto padrão tecnológico no campo, a situação é de total desalento
Essa semana os governadores Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais) e Mauro Mendes (Mato Grosso) estiveram em Brasilia para passarem o chapéu na busca de recursos para tentarem colocar seus estados nos trilhos. O que contam é estarrecedor.
Herdaram de seus antecessores os estados literalmente em frangalhos, quebrados literalmente. Impressiona a falta de capacidade administrativa dos antigos governantes devido aos diversos pontos da economia que os estados possuem e que poderiam muito bem andar sozinhos sem o dedo do governo. Aliás, toda vez que alguns governantes colocam seus dedos, a máquina para ou enferruja. Em Mato Grosso, cenário de alto padrão tecnológico no campo, a situação é de total desalento.
Um estado rico necessita ser governado por políticos decentes para que cresça na normalidade que todos esperam
O caixa está com um ônus de bilhões de reais. Estado dissolvido . Por lá ainda existem obras inacabadas da Copa do Mundo que foi realizada no Brasil anos atrás. Tamanho foi o descaso que muitos gestores pagam na Justiça o preço do descaminho com o dinheiro público.
Um estado rico necessita ser governado por políticos decentes para que cresça na normalidade que todos esperam. Calamidade pública sancionada na terra da soja, algodão e milho. Não se paga ninguém a curto prazo. Avaliar o futuro, nem pensar. Por enquanto é agarrar na benevolência do governo federal para que não seja desligado os dois balões de oxigênio. São dois balões devido a emergência da situação.
Ronaldo Caiado também não passou longe. Goiás está desalentado economicamente . A pecuária deu lugar ao grito de socorro. Funcionários públicos fazendo figas para não deixarem de receber seus salários. A continuidade de poder dá nisso.
Pelos lados de Minas Gerais o estrago foi grande. Zema atônito. Com a bomba nas mãos e o pavio aceso. Governança petista em terras de JK provocando estragos generalizados. Tem mais.
O Rio de Janeiro está dilacerado. O Distrito Federal não fica atrás. Outros estados também deixando os governadores jogando na sorte para ver no que dá. Virou disputa de palitinho para qual conta pagar primeiro. Servidores e fornecedores com lenço nas mãos. Até o pires perderam nas gestões passadas.
Esse rombo todo apresentado nas contas dos estados vai recair sobre o governo federal. A nação é a mãe de todos e o Deus o pai. Agora é rezar para que Deus não dê uma cochilada e a nação não adormeça. Senhores governadores, ação, praticidade, discernimento, competência, justiça e seriedade com a coisa pública. O povo merece um pouco disso. A hora do vamos ver chegou.
JOÃO CARLOS DA SILVA é servidor federal e analista político
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