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Opinião
Segunda - 26 de Agosto de 2019 às 09:16
Por: Eduardo Póvoas

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Quando a Câmara aprovou a lei de abuso de autoridade, eu como milhares de brasileiros comecei a chorar. Descia pelo meu rosto a primeira lágrima ao pensar que a Lava Jato e outras operações neste país estariam fragilizadas, quando que de repente, e não mais que de repente, começo a pensar na angustia que passamos por ocasião de Semana do cavalo que por determinação judicial, suspendeu uma prova de laço. Aí sim, nenhuma lágrima desceu mais.

Este não é um artigo, é uma enquete que faço à vocês que me leem, e que gostaria imensamente de ler a opinião de cada um no rodapé desta enquete.

Quando o Ministério Público recebe sob tapete vermelho uma cidadã desqualificada para uma denúncia, e leva em consideração esta denúncia pedindo o cancelamento da prova, sem ao menos checar ou mandar a polícia investigar se havia veracidade na denúncia de maus tratos a animais no Haras Twin Brothers, edaía solicitar ao Magistrado o cancelamento da prova e este atende a solicitação do Ministério Público, também sem investigar ou mandar a polícia ou alguém investigar, causando um prejuízo incalculável à minha família, pratica-se neste ato a justiça?

Investigado a denúncia pelo Ministério público ou pelo Magistrado, e constatando que realmente havia maus tratos ao animais, estaria eu aqui a escrever isto?

Coloque-se no lugar de um pai vendo seus filhos “ralarem” por 22 anos em um trabalho incansável para chegar onde chegaram, e tudo ser destruído com duas “canetadas”.

Duas canetadas que levaram uma das minhas noras, grávida de 8 meses à ClínicaFemina com um começo de aborto. Canetada que fez com que meu filho caçula, desde essa época administrar um Hiper stress, levando-o a uma infecção que até agora não descobriram de onde vem.

E o lado moral?

Vocês conhecem o Haras? Vão nos visitar para ter a absoluta certeza de que ali se vende paz, amor, solidariedade, família e amizade. E Deus acima de tudo.

Cerca de mil e seiscentas pessoas de todos os lados deste país, com seus cavalos na pista e me adentra cinco policiais fardados e armados como se vendêssemos ali maconha e cocaína, ainda bem sem truculência pois eles nos conheciam, para impedir a continuidade da prova.

Se esta lei já estivesse sido aprovada e sancionada pelo Presidente da República, os senhores acham que eu compraria um buquê de flores para o Promotor e outro para o Juiz, ou pediria a punição de ambos?

Os trocados que adentram à nossa família não tem a mesma origem das dez malas encontradas no apartamento de Geddel Vieira Lima na Bahia.

Nem sempre o pau de Francisco é o pau de Chico.

Vai acobertar marginais? Vai mesmo! Mas e se você passar por um momento que nós passamos? Vai reclamar pro Papa ou pro Capeta?

É torcer pra que a Justiça Divina não atrase tanto.

Sancione mesmo Capitão, só assim outras famílias estarão livres de receber tamanha injustiça.

Pra mim esta lei chegou um pouco tarde.


EDUARDO PÓVOAS É ODONTÓLOGO.



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