Como se preserva a imagem de uma instituição? Única forma de fortalecer o coletivo é cortar na carne, mesmo que o sangue seja visto pelo grande público
Como se preserva a imagem de uma instituição? Quando a sociedade vê que quem pratica crime nela é punido. Não quando ela descobre que os criminosos ficaram impunes e estão no comando.
A primeira acusação feita pelos malfeitores contra alguém que não teme a opinião pública, na verdade vê nela uma aliada de primeira hora, e denuncia seus malfeitos dentro ou fora da instituição, perante as instâncias e autoridades competentes, praticados por algumas pessoas, minoria, é a de que quem não contemporiza, faz vistas grossas e fica em silêncio, quer enfraquecer a entidade.
É uma total inversão de valores!
É a cultura do biombo, onde todo tipo de violência não pode ser vista, nem ouvida do lado de fora, como era com os escravos. E quando havia uma insurgência, ou pelo menos um se rebelava, o capitão do mato escondido no "barranco alto" e/ou no "barranco baixo" saía em disparada atrás deles.
A única forma de fortalecer o coletivo é cortar na carne, mesmo que o sangue vertido seja visto pelo grande público
Precisamos romper com esses grilhões, como Zumbi dos Palmares e tantos outros e outras, que nos dão fé e esperança.
Quem quer corromper a entidade, já corrompendo, é que joga a credibilidade dela na lata de lixo, pisoteia na sua história e demonstra nenhum compromisso com ela, sendo um párea em seu território.
A única forma de fortalecer o coletivo é cortar na carne, mesmo que o sangue vertido seja visto pelo grande público, testemunha ocular da história, que será implacável com os golpistas e fraudadores.
Assim, a sociedade saberá que nesse lugar não há espaço para bandidismo e picaretagem, pois a impunidade não reina, e, sim, a justiça e ética.
Não se limpa sujeira jogando debaixo do tapete, tampouco na escuridão de portas e janelas fechadas. Ela tem de ser exposta e varrida para fora, independente de quem veja.
Tentar esconder é em vão. Porque o cheiro fétido da podridão será sentido por todos que passarem por perto. Porque se tentarem impor o silêncio obsequioso, ao custo de difamação e tentativa de intimidação, até as pedras das ruas falarão a verdade e farão justiça.
Eles passarão, nós passarinho. Que venham os próximos round's de profilaxia institucional, de químeo e radioterapia contra o câncer instalado, antes que dê metástase, alcançando cerca de 56 cidades, fora a da economia solidária, atingida sem escrúpulos, por pessoas absolutamente inconsequentes, que velipendiaram a honra e dignidade de dezenas, senão mais de uma centena de pessoas, até por quem tem a missão na localidade de cuidar delas.
E cada um derrube a máscara e mostre de que lado está, sem conversa fiada e falsas justificativas. Em cima do muro é o lugar dos covardes e/ou vagabundos.
Paulo Lemos é advogado e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso (MT)
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