Bom e o mau servidor
Em tempos em que muitos criticam o funcionalismo público, é sempre saudável destacar a importância do BOM servidor público, que é a grande maioria, para o funcionamento dos Municípios, Estados e País.
É inimaginável pensar no Estado Democrático de Direito ou na República Federativa do Brasil sem o grande serviço prestado pelos servidores públicos, de modo que, são eles os responsáveis por entregar ao cidadão toda de gama políticas públicas. A saúde pública, a justiça, a educação pública são elementos essenciais para o brasileiro, não sendo possível vislumbrar uma realidade sem que o povo possa gozar destes serviços.
Evidente é que dentro do serviço público temos em sua maioria BONS servidores, mas há também os servidores RUINS, sendo que, os bons servidores não podem ser “julgados” pelos equívocos dos ruins. Da mesma forma que se tem o servidor que faz uso do carro institucional fora do horário de serviço e que utiliza bebida alcoólica e faz churrasco no horário de trabalho, temos aqueles que se dedicam por horas e horas para atender a população, com um sorriso no rosto, sem emitir qualquer reclamação pelo serviço prestado e não medem esforços para dar ao cidadão a melhor entrega possível.
Vivemos um momento no Brasil que existe uma “onda” de críticas aos servidores públicos, havendo inclusive propostas para revolucionar a atividade, acabando com direitos conquistados a duras lutas, como por exemplo, a estabilidade de novos servidores. Acredito que estas propostas ocorrem apenas e tão somente por conta dos maus servidores (minoria), que não se dedicam como deveriam e que enxergam o seu local de trabalho como algo em segundo plano.
Se existe uma minoria sem compromisso com a coisa pública, que esta seja punida e afastada do serviço público, a totalidade dos servidores não pode receber críticas generalizadas ou ter direitos restritos por culta de alguns.
Não podemos generalizar a categoria por conta da morosidade de alguns serviços, por conta do desvio de conduta de alguns e pelo fato de que nem sempre somos atendidos da forma como imaginamos. Ao contrário do que dizem, entendo que a exceção do serviço público são os servidores ruins e que a regra são os bons servidores.
Ocorre que, o que se vê é que o bom servidor pode vir a sofrer as consequências dos atos praticados pelos maus servidores, o que não é justo. Defendo e continuarei defendendo que a administração pública necessita de bons profissionais, sendo que, para isso, são necessárias carreiras valorizadas, para atrair pessoas gabaritadas e prestam um ótimo serviço público.
Não basta a criação de cargos para atender indicações políticas. É preciso um filtro dos profissionais, de forma a preencher o quadro dos mesmos com pessoas de conhecimento da área, evitando o cabide de emprego, e fazendo por consequência que a “máquina pública” funcione de maneira eficiente.
Desta forma, quero aqui deixar a minha gratidão a todos os BONS servidores, de modo que os RUINS possam enxergar quão gratificante é prestar um excelente serviço à população e fazendo com que mais e mais pessoas boas possam se sentir atraídos para cuidar dos serviços que atendam a toda a população cuiabana, mato-grossense e brasileira.
Diego Guimarães é vereador em Cuiabá.
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