A responsabilidade social do comércio
Hoje o Brasil e grande parte dos países deste planeta que nos abriga, vivem sob a dura sombra de uma crise econômica sem precedentes, provocada pela disseminação global do novo coronavírus (COVID-19). A doença que se originou na China, rapidamente ultrapassou as fronteiras asiáticas e atingindo o mundo todo, sem que se tenha ainda um tratamento específico, o COVID-19 se espalha rapidamente, e por isso a grande preocupação com as pessoas infectadas, principalmente, no grupo considerado de risco.
Diante desse quadro desolador, os líderes mundiais – em todas as esferas do poder, decretaram o isolamento social como principal medida para conter, ou pelo menos, minimizar, o número de infectados. O mundo entrou em quarentena.
A população acompanhou, perplexa, o fechamento temporário de empresas do comércio em todos os seguimentos. As ruas, praticamente vazias, ficaram sem seu comércio, sem seus consumidores e, sem seus trabalhadores. Além do medo de se contaminar pelo vírus, milhares de cidadãos se viram com a incerteza de manter seus empregos, e consequentemente, o sustento de suas famílias. Empresários veem-se buscando saídas que evitem a falência de seus negócios. Líderes empresarias e políticos unem-se em busca de medidas para evitar o que seria a pior recessão econômica já vista em todo o mundo.
E é neste panorama que mais uma vez, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e o empresariado, reafirmam o papel histórico de responsabilidade social das empresas, que são a mola propulsora para a geração de empregos, renda, abastecimento e estímulo ao consumo.
Para os líderes empresariais ligados ao comércio, esse não é um desafio novo; há mais de sete décadas, os empresários do comércio brasileiro precisaram assumir o protagonismo da história e editaram a consagrada - “Carta da Paz Social”, que vai culminar com a criação das instituições voltadas para o serviço social e o ensino técnico para a população comerciária.
Comparando com nossa situação atual vemos o caos se apresentando através da paralisação dos setores produtivos que fatalmente nos levarão a conflitos sociais semelhante aos de 1946. O momento atual, portanto, é de buscar alternativas e ouvir a experiência de quem já lutou batalhas semelhantes e as venceu.
Faz-se urgente a implementação de medidas de enfrentamento dos problemas sociais, que se amplificam dia a dia com a crise, torna-se imperativo a manutenção da sustentabilidade econômica das empresas e a garantia da empregabilidade dos seus trabalhadores.
A Fecomércio em Mato Grosso, consciente de sua missão econômica e social, atua como interlocutora para assegurar que isso ocorra. Falamos em nome de quase 300 mil empresas, responsáveis diretas por mais de dois terços da arrecadação de ICMS no nosso estado, e quase metade dos empregos formais no Mato Grosso.
Afinal no atual cenário não há mais espaço para organizações indiferentes aos anseios da população, ou despreparadas para as mais diversas situações que possam ocorrer. Fica claro que formamos uma cadeia, um organismo vivo, no qual tudo está interligado, governo, economia, sociedade, entidades representativas e lideranças empresariais, todos somos responsáveis pela manutenção da nossa sociedade.
O coronavírus (Covid-19) é um despertar!
José Wenceslau de Souza Júnior, é presidente da Fecomércio, Sesc e Senac em Mato Grosso
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