Pecuária, o alicerce da economia brasileira
Não é novidade que o agronegócio tem sido o alicerce da economia brasileira nos últimos anos, e que a pecuária tem grande participação nesse cenário. Mas para falar do quanto a pecuária contribui para a sanidade de nossa economia, é preciso que tragamos à luz alguns números. O Brasil conta com o 2º maior rebanho bovino do mundo: são 220 milhões de cabeças de gado, das quais mais de 30 milhões estão em Mato Grosso. E de acordo com previsões do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o Brasil deve atingir, em 2020, 244,14 milhões de cabeças, o que representa uma expectativa de crescimento acumulado de 11,4% frente a 2015 (213,03 milhões de animais).
Somos ainda responsáveis pelas maiores exportações de carne para o resto do mundo, representando 17% da produção mundial. Em 2019 fechamos nossas exportações com novo recorde de volume e faturamento: os volumes embarcados alcançaram 1,847 milhão de toneladas, e a receita de US$ 7,59 bilhões. Os números representam um crescimento de 12,4% e 15,5%, respectivamente, em relação a 2018, superando as projeções realizadas e consolidando o ritmo de crescimento das vendas brasileiras.
De acordo com a Estatística da Produção Pecuária - divulgada pelo IBGE em 2019 - o abate de bovinos cresceu 1,2%, somando 32,44 milhões de cabeças, com expansão em 15 dos 27 estados.
Tais números mostram a força do Brasil como o principal fornecedor de carne bovina para o mundo e revelam a capacidade da cadeia e de seus modelos produtivos para atender as necessidades do mercado.
A Associação Brasileira das Indústrias de Carnes (Abiec), entidade que reúne 32 empresas do setor no país e é responsável por 92% da carne negociada para mercados internacionais, emitiu comunicado onde informa que o Brasil não corre risco de ter desabastecimento de carne bovina. A projeção é de que a produção brasileira de carne bovina deve ser 35,5% maior do que o volume consumido no País.
Segundo a Abiec, essa produção já está contratada com as operações em andamento nas fazendas, e, por conta da dinâmica da cadeia produtiva, não pode ser interrompida. Ou seja, os volumes serão produzidos, portanto não há risco de desabastecimento de proteínas.
E nós, da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade que representa milhares de produtores, sabemos que toda essa saúde econômica se deve ao trabalho árduo daqueles que vivem no campo. O pecuarista está sempre em busca do equilíbrio perfeito entre a extração dos recursos atuais disponíveis na sua fazenda e a produção gradativa, de forma a respeitar o meio ambiente, sem deixar de objetivar produzir mais e melhor.
Nos valendo dos últimos avanços tecnológicos, buscamos levar à mesa do brasileiro uma carne de qualidade, aceita mundial, sendo referência em termos higiênico-sanitários, atendendo aos padrões e especificações técnicas mais rígidos de quase 150 países.
Em se tratando de carne, o Brasil está muito bem neste item, com Mato Grosso sendo um dos estados na vanguarda do que há de melhor, mostrando a preocupação constante do setor em todos os aspectos, como aparência, proporção de músculo e gordura, conveniência, maciez, sabor e suculência de um produto que leva saúde a milhões de pessoas mundo afora.
Em tempos de crise como a que estamos vivendo agora, é importante mostrar que o setor produtivo está fazendo sua parte, e que sempre estivemos e estaremos ao lado do povo brasileiro.
Oswaldo Ribeiro, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
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