O mundo pós-pandemia Dificilmente depois do fim da pandemia as pessoas voltarão ao estilo anterior de se entreter
O título deste artigo foi copiado de programa da TV CNN.
Na semana que passou o historiador Leandro Karnal que agora faz parte da bancada de três na emissora, tratou do entretenimento pós-pandemia. Claro, que a partir da leitura do momento atual. A procura por lives cresceu 700% entre julho de 2019 e julho de 2020. Monumental. O crescimento da busca por “Diálogo” no Google cresceu mais de 700% também. Fica bem claro aí nesses números que as pessoas estão buscando a si mesmas.
Sobre como se entreter depois do fim da crise do corona, muitas teses. A mais provável, a julgar pelas tendências atuais, é que seja via digital na maioria das oportunidades. Vou citar uns números muito significativos e ótimos pra reflexões profundas. Os artistas da música, especialmente os do estilo sertanejo universitário, talvez por serem mais jovens sejam mais disruptivos. Um bom show musical ao vivo não vai além de 10 mil pessoas. Exceto nos festivais.
Dificilmente depois do fim da pandemia as pessoas voltarão ao estilo anterior de se entreter
As lives de artistas de shows consagrados são fantásticas na forma de lives: Marília Mendonça, dia 8 de abril, 3,31 milhões de views. Jorge e Mateus, 4 de abril, 3,24 milhões. Andrea Bocceli (pop), 2,86 milhões. Gusttavo Lima, 11 de abril, 2,77 milhões. Sandy e Júnior, 21 de abril, 2,55 milhões de views. E por aí vai...
Dificilmente depois do fim da pandemia as pessoas voltarão ao estilo anterior de se entreter. O apresentador do programa Sr Brasil, na TV Cultura, Rolando Boldrin, leu numa apresentação no Youtube uma mensagem psicografada que chama o corona vírus de “bendito vírus”, por conta de tantas transformações que está provocando. Como essas do entretenimento.
Outro vídeo que circula nas mídias sociais mostra que nos Estados Unidos, primeiro e depois no mundo, os prédios de escritórios estão e estarão com problemas.
Com o estilo home office, não se precisa mais de andares inteiros pra instalação de empresas. Com o trabalho em casa, as pessoas tendem a se mudar pras áreas mais distantes onde os imóveis são mais baratos e confortáveis, além da qualidade de vida. O que acontecerá com apartamentos caros no centro das cidades, mais pertos do trabalho?
E na esteira, com os restaurantes, com os estacionamentos, com os hotéis, com toda a infraestrutura de serviços e de comércio que atende ao mundo urbano e dos escritórios. Com os taxis e até mesmo com os aplicativos diversos como Uber?
Penso que no fundo, certo mesmo está a psicografia lida por Rolando Boldrin: “bendito vírus”.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.
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