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Opinião
Sábado - 05 de Setembro de 2020 às 11:17
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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A campanha difamatória vem evoluindo de maneira sistemática sendo cada vez mais agressiva e manipuladora de certos aspectos da realidade na busca dos resultados que pretendem obter.

Invariavelmente estes se colocam ao lado daqueles que ao se dizerem oprimidos atacam e agridem quem com eles não concorda. Agindo assim, grupos de comunicação, ONG’s, instituições, agremiações e a parcela progressista da igreja acabam por chancelar e apoiar a violência quando deveriam combatê-la seja em que circunstância possa vir a acontecer .

Antifas são mais violentos em suas atitudes de protesto que a alegada razão para fazê-lo e Black Lives Matter tornou-se um fenômeno social importante, mas somente sobre a violência policial contra negros quando deveria ser uma matriz pacifista contra qualquer atitude violenta e não são. São?

Apesar de seu importante alcance social adeptos da B.L.M. também fazem vítimas, algumas fatais, quando saem às ruas para protestar contra o que os motiva. Não?

Contra esses fatos não há nenhuma reação de políticos, jornalistas, ONG’s e articulistas. Sequer fazem comentários criticando, muito pelo contrário. No entanto, essas ausências de desaprovação podem sim ser entendidas como palavras de ordem e incentivos à desobediência civil. Podem sim e assim o são.

O mesmo fenômeno acontece no âmbito político quando progressistas não aceitam as seguidas derrotas para o conservadorismo, tanto que seus militantes passaram a reagir de forma agressiva na tentativa de reprimir liberdades, principalmente a de expressão. A mesma tática acontece nas ações institucionais de seus representantes no Legislativo e por ativistas simpatizantes do Judiciário.

É notória a distinção no tratamento dado às demandas de uma e de outra corrente do pensamento político em todos esses ambientes. Sendo progressistas são prontamente apoiadas e aprovadas, sendo conservadoras são logo engavetadas quando não sumariamente rejeitadas.

As solicitações para análise sobre a constitucionalidade dos atos do Executivo proveniente de partidos ou entidades progressistas encaminhados ao STF ou às mesas do Senado e da Câmara Federal são de pronto distribuídos às comissões e para ministros tendenciosamente monocromáticos. Já as de origem conservadora…nem é preciso descrever seu diferenciado tratamento.

Se uma votação no plenário do STF tem placar apertado, uma questão conservadora, caso da prisão em segunda instância (aprovada por um voto de diferença), logo é colocado em dúvida seu resultado para voltar a ser pautada.

Pasmados, mas como sempre de mãos atadas vimos o mesmo resultado (6×5) ser alcançado, mas desta vez, ao contrário daquela, não houve contestação ao placar apertado posto que chegaram onde queriam.

Uma manobra sinistra que nos obrigou a conviver com mais uma jabuticaba jurídica bem típica dos arranjos protelatórios que só beneficiam bancas advocatícias muito bem representadas no “colendus scholae” indicado e aprovado por quem dele depende. Como sempre, e contrariando os anseios da população majoritariamente contra esse tipo de imposição a corte suprema se mostra, ela sim, repressora e ditatorial.

O que traz de volta à questão da violência e nos obriga a perguntar: – Como assim, então violência justifica violência?

Que respondam aqueles que se negam a divulgar os atos de imposição e agressão, alguns até fatais, perpetrados contra quem não comunga com sua ideologia progressista.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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