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Opinião
Quinta - 15 de Outubro de 2020 às 06:15
Por: Diogo Botelho

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O Caixa Dois eleitoral consiste na operação financeira ilegal que não declara aos Tribunais para controle os valores recebidos e/ou doados e que são utilizados nas campanhas eleitorais. Em termos práticos, é o dinheiro utilizado, muitas vezes, para a compra de votos e afins.

E, é através dessa operação que é gestada o drama social brasileiro e nasce o político corrupto! É por meio do Caixa Dois que é gestado as mazelas que afligem a dignidade do nosso povo e explica que, muito embora tenhamos uma carga tributária altíssima, temos serviços públicos de péssima qualidade.

E quem revelou isto: a operação Lava Jato!

A Lava Jata teve o mérito de descortinar que o dinheiro que abastece o Caixa Dois das campanhas eleitorais é oriundo dos atos de corrupção praticados por agentes políticos e empresariais, que uma vez unidos, saqueiam os cofres públicos para alcançar o poder político e se eternizarem como mandatários da República chamada Brasil!

É por este caminho que grande parte do dinheiro roubado da nação percorre. Ou seja, o Caixa Dois.

O Caixa Dois eleitoral consiste na operação financeira ilegal que não declara aos Tribunais para controle


E é por isso que mesmo num ano atípico, de pandemia, onde a maioria está lascada, que existem neste pleito eleitoral candidaturas Brasil afora com estruturas cinematográficas, comitês palacianos nas principais avenidas da cidade, exércitos de cabos eleitorais e toda pompa de um monarca...

Diante disso, questiona-se: de onde vem essa dinheirama?

Longe de tecer qualquer acusação, certamente, o fundo eleitoral não é suficiente para tanto!

Então, como explicar essas candidaturas faraônicas?

Caro leitor e eleitor, sejamos sensatos! O dinheiro vem de algum lugar, e as pistas que explicam a sua origem, a operação Lava Jato nos ensinou.

Se o Caixa Dois é quem gesta a corrupção e o político corrupto, temos a oportunidade única de abortá-los neste processo eleitoral das eleições municipais!

Portanto, vamos nos atentar à estrutura dos candidatos. Sua suntuosidade explica muita coisa. Exército eleitoral e fartos recursos em campanha em tempos de miséria e dificuldade como agora são altamente desconfiáveis.

Não venda seu voto. Lute pelo presente. Preserve o seu futuro. Vote consciente.

Diogo P. Botelho é advogado.



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