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Opinião
Sexta - 20 de Novembro de 2020 às 06:18
Por: Renato Gomes Nery

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Estou aqui na frente do computador com a intenção de escrever o artigo da semana que vem. Não me ocorre um tema específico. A semana está cheia de acontecimentos liderados pelas eleições dos EUA que o Presidente derrotado depois de muita relutância aceita, com reservas, a vitória do adversário.

Enfim, após o jogo jogado não é sensato atropelar as suas regras. O resultado das eleições municipais indicam uma guinada do eleitor para o centro ideológico do expecto político nacional.

Fomos taxados de maricas, declarou-se guerra a maior potência militar do planeta para somente assim reafirmar a nosso soberania sobre a Amazônia

Fomos taxados de maricas, declarou-se guerra a maior potência militar do planeta para somente assim reafirmar a nosso soberania sobre a Amazônia. Como se isto não bastasse para um dia só, ainda foi desautorizada a compra de uma vacina tendo como base a sua origem e uma causa inexistente. E foi reafirmado que vacina contra a COVID não será obrigatória.

Estes são motivos suficientes para instruir um processo de “impeachment” se aqui tivéssemos uma oposição digna deste nome.

O Governo atual vai completar dois anos de mandato e a única coisa que produziu em profusão foram sandices e bravatas. Este ano, apesar de estar se encerrando, ainda promete muito – inclusive de se prolongar pelo ano que vem. O retorno do vírus chinês, numa segunda onda, já incomoda o mundo inteiro e dá novos sinais de recrudescimento aqui no Brasil.

A nossa economia que vinha pela hora da morte, foi nocauteada pela pandemia e tenta a duras penas se recuperar. Certamente irá a lona com uma nova onda da doença. Qual seria a nossa salvação? Não restam dúvidas de que seja a vacina.

E ela deve ser obrigatória, a despeito de interesses políticos, pois a proteção da sociedade é maior do que os direitos individuais. A população do mundo não seria do tamanho que é se não fossem as vacinas compulsórias que são aplicadas diariamente, notadamente, nas crianças.

Um destes entusiastas do Presidente me disse que temos que ficar com ele, pois se assim não for será o retorno da esquerda, o que seria para pior. Nesta ótica, ficamos no mesmo dilema da escolha dos candidatos das eleições para a Prefeitura de Cuiabá para saber qual é o menos pior.

Como eu tenho fé no futuro, espero que o tempo que é o senhor da razão ajude este Brasil de meu Deus a superar esta dolorosa travessia e nos indique lideranças digna deste nome como fez com o nosso vizinho do norte do continente. Afinal a nossa “via crucis”, salvo algum acidente de percurso, ainda perdura por dois longos dois anos.

P.S. As eleições municipais demonstram que não devemos desanimar, pois o eleitor erra, mas também acerta. No País e no próprio Congresso Nacional tem alguns homens respeitáveis capazes de assumir com responsabilidade o destino do País. Enfim, pode ser mais fácil do que este pessimismo crônico que nos faz crer que estamos sempre fadados ao fracasso.

Renato Gomes Nery é advogado.



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