Escravos Alienados
Somos quem podemos ser, Sonhos que podemos ter? Parte da letra da música “Somos quem podemos ser” da banda engenheiros do Hawai, será mesmo que somos quem podemos ser? Ou somos quem eles querem que sejamos? Pergunta intrigante e desafiadora, mas de quem estamos falando? A todo dia, todo minuto, a tecnologia das coisas e da rede, ela nos escravizam no modelo de vida estruturado por algoritmos, que a partir de nossas escolhas nos mantém conectados e muitas vezes alienados a ela.
Quando se pensou na arpanet, quando se conectaram pela primeira vez Stanford e UCLA, ninguém poderia prever o nível avançado que chegamos em tão pouco tempo, 3G,4G,5G, conexões 44 terabytes de velocidade, algoritmos capazes de ditar nosso ritmo de vida, nossas escolhas, sejam elas de consumo, política ou de vida.
Somos a geração com maior número de informações a nossos pés, mas o que é verdade? O que é mentira? As pessoas são levadas a acreditarem naquilo que o mercado ou o modelo de negócio desejam, todos os tipos de influência são exercidos sobre nós a cada like, a cada coments, a cada emoji, a cada compartilhamento.
Sou de uma infância totalmente diferente da geração atual, não sei sinceramente se essa geração é privilegiada ou está crescendo dentro de um padrão de programação mental que eles não escolheram, simplesmente seguem. Eu ainda gosto das enciclopédias, dos atlas, pois lá estão experiências reais e informações fidedignas, enquanto a internet me oferece muita informação sem qualidade. Somos quem podemos ser? Sonhos que podemos ter? Sem querer eles me deram as chaves que abrem esta prisão.
Zema Fernandes é prefeito de Nortelândia e presidente do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Alto Rio Paraguai
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